Sem reconhecimento
Há alguns gestores que prefeririam muito mais se relacionar com máquinas do que com pessoas simplesmente porque a gestão de equipes nem sempre é reconhecida no meio corporativo como uma técnica que possa ser adquirida mediante treinamento. Ao contrário, acredita-se que a pessoa deve nascer com o talento de tratar bem os colegas ou então estará fadada a passar o resto da vida sem conseguir melhorar naquele aspecto de liderança. Acontece que entre o talento nato, que é real, que pode ser reconhecido facilmente nas pessoas, e a ausência completa de referências de como gerir uma equipe, há uma distância muito grande.
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Referências
Gerir uma equipe pode ser uma habilidade ensinada que se vale de técnicas de relacionamento, técnicas de domínio da situação. Logo, antes de condenar um profissional à categoria daqueles que são incapazes de gerir pessoas, é preciso identificar que tipo de referência esse profissional tem sobre como conduzir uma equipe. Imagine o caso daquele jovem que só teve um emprego na vida e onde a chefia era completamente desequilibrada. Sabia apenas repreender os funcionários sem orientá-los para o resultado. Que tipo de exemplo esse profissional teve como aprendizado? Qual a referência pessoal que ele tem sobre como realmente conduzir uma equipe?
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Tempo e paciência
Nesses casos, dois procedimentos são fundamentais por parte da alta gestão. O primeiro é ter paciência. Será necessário não apenas ensinar ao jovem profissional o que deve ser feito para controlar uma equipe como também será necessário paciência para demonstrar ao profissional que o estilo gritalhão há muito tempo perdeu espaço no meio corporativo. O segundo procedimento é dedicar tempo para ensinar. Será preciso muitas conversas onde não apenas aquele que ensina diz o que deve ser feito, mas principalmente onde aquele que aprende pode encontrar respostas para as dúvidas que influenciam no seu comportamento.
(Luciano Salamacha)