Apenas o melhor
A questão não é se o profissional deixou ou não de compartilhar os sonhos da empresa. O ponto fundamental é que ele está querendo buscar o que considera o melhor para sua vida. Neste caso tanto faz se ele continua partilhando dos mesmos objetivos que a empresa. Conheço casos em que a pessoa pediu demissão, mas continuou torcendo para que o antigo empregador conseguisse os objetivos desejados, mesmo sendo objetivos corporativos, mas que ele profissional se orgulhava de ter auxiliado a elaborar.
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Sem ironias
Logo, é importante que a alta gestão aprenda que as relações entre empregador e empregado devem ser profissionais e não confundidas com a vida pessoal, mesmo que permeadas por uma amizade estreita e sincera. Outra lição importante pode ser aprendida quando se analisa um exemplo. Um profissional chega aos dois diretores da empresa e pede demissão. O primeiro gestor recebe o pedido com ironia comentando que ele, profissional, deve pensar melhor para não jogar fora toda uma carreira que construiu na empresa. Já o segundo gestor apenas pergunta se ele está certo da decisão, se considera que isso será o melhor para sua carreira.
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Nova fase
Ao ouvir a afirmação do funcionário de que se trata de uma decisão ponderada e consciente o primeiro gestor continua a ironizar com expressões do tipo: quero ver quanto tempo vai levar para que você volte a nos pedir emprego. O segundo diretor se comporta de maneira bem diferente do seu sócio dizendo: se é o que você quer, vá em frente, conte com nosso apoio e se algum dia precisar de ajuda não hesite em nos procurar. A diferença é muito simples. Enquanto o primeiro analisava a demissão como fim de um processo de relacionamento, o segundo percebia que toda demissão é na verdade o inicio de uma nova fase de relacionamento entre empresa e profissionais.
(Luciano Salamacha)