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Os apaixonados pelo que fazem

Vamos entrevistar uma parcela singular de "cabeças pensantes". Muitos não escolheram a profissão, mas foram escolhidos por ela e trilharam um caminho para encontrar o ponto de equilíbrio e ser verdadeiramente feliz com o ofício. Nosso convidado é um protagonista paranaense e curitibano atípico, talento da comunicação corporativa no Brasil, contador de histórias e causos, escritor, publicitário, palestrante Eloi Zanetti.

Como foi a escolha do seu trabalho?

 Em 1968 me preparei e passei em dois vestibulares de engenharia, um deles no ITA, mas não prossegui. Minha intuição era de que seria um péssimo engenheiro. Desde pequeno eu sabia que queria trabalhar com a comunicação escrita. Abriu o vestibular para jornalismo na Católica na segunda turma – estudei uma noite e passei – fiz até o segundo ano. Logo me empreguei como redator de publicidade e comecei minha carreira de publicitário – isso num tempo em que era difícil explicar o que a gente fazia.

Decidiu não continuar os estudos formais e ser mais autodidata?

Iniciei mais dois cursos universitários e desisti no segundo ano de administração e economia. Segui o conselho do Mark Twain – "Não deixe a escola atrapalhar os seus estudos". Já que comecei em comunicação, pensei: "vou entender de tudo nesta área e fui fazendo cursos, frequentando palestras, seminários, etc.". Assim fui me preparando, estudando sempre – o que faço até hoje

 Parece que não parece ser tão simples amar o que faz. O que acha?

Apesar do muito trabalho, do estresse da profissão eu sempre gostei do que faço. Nunca tive um dia entediante na minha vida profissional. Viajei muito, conheci pessoas fantásticas, convivi com gente inteligente. Hoje, quando me dedico mais a arte da escrita, entrei em uma área de muita concentração e trabalho árduo e solitário. Mas depois que o texto fica pronto, eu digo: valeu a pena.

Como a qualidade do exercício da profissão pode interferir, de forma positiva ou negativa, para o bem-estar das pessoas?

O trabalho tem que ser significativo – a pessoa tem que saber que o trabalho dela serve para alguma coisa. Muitas vezes eu ia observar a linha de produção dos perfumes de O Boticário, olhava uma senhora trabalhando e pensava? "Tenho que fazer este frasco de perfume vender, desta venda depende o emprego dela, seu aluguel a escola da sua filha". Voltava para a minha sala e fazia como o ciclista – pedalava, escrevia.

Frase:

"Encontre um oficio que você se apaixone e não precisarás trabalhar um dia seque da sua vida" (Provérbio Chinês)

 

*HAMILTON FONSECA

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