Exercício de uma arte
A expressão ritual do chá vem do oriente médio e esclarece para as pessoas a necessidade que todo processo de negociação tem de se fazer o preâmbulo, de se fazer o conhecimento entre as partes. Explico com o exemplo de determinada pessoa que vai ao Oriente Médio e tenta comprar um tapete. A pessoa que vende o tapete fica ofendida porque quem quer comprar sequer permite ao vendedor exercer a arte da oferta. No Oriente Médio, em alguns países, oferecer, vender, é uma arte que tem de ser respeitada.
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Conhecer melhor
Para isso há o ritual do chá, que é quando o vendedor convida o comprador para saborearem um chá e ponderarem sobre aquele negócio. Debater e conversar geralmente coisas pequenas, amenidades, também faz parte de um processo de negociação. De forma clara, de forma técnica, esse processo do ritual do chá como se diz no Oriente Médio, que aqui no Brasil pode ser um almoço ou um café da manhã, é quando as partes tentam se conhecer melhor e tentam perceber se aquela negociação está baseada em critérios de confiança, em valores extremamente seguros.
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Usando o tempo
É comum, por exemplo, que um almoço de negócios regado a vinhos caros dure aproximadamente de uma hora e meia a duas horas, para que em quinze minutos depois, no escritório de algum deles um negócio de milhões seja fechado. Não é uma questão de perder tempo, ao contrário, é uma questão de investir o tempo para saber se a outra parte é realmente o parceiro ideal para aquela negociação. Por isso meu amigo lembre-se, toda vez que for negociar com alguém, de respeitar o tempo do outro, ou seja, lembre-se de que é necessário dar tempo ao outro, mesmo que seja para tomar um chá. Pense nisso!
(Luciano Salamacha)