Flexível
Toda vez que alguém vai ensinar um conceito, um conteúdo, uma área de conhecimento para outra pessoa, dois pilares têm de ser observados. O primeiro é entender que quem detém o conhecimento tem por obrigação tornar esse conhecimento inteligível, aceitável para aquele que recebe a informação, pois segundo um princípio fundamental da pedagogia, quando um aluno não aprende a culpa é do professor que não utilizou todos os métodos possíveis, não foi flexível o suficiente, não foi dinâmico o suficiente para que a pessoa de alguma maneira entendesse o que ele quer dizer. Por isso o primeiro pilar é que quando alguém não compreende, aquele que ensina é quem deve se preocupar em analisar que erros que está cometendo e como deve corrigir isso.
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Agir na lei
Mas, se o primeiro pilar é analisar o desempenho de quem ensina, o segundo pilar importante é também quem ensina analisar os pré-conceitos existentes na cabeça de quem recebe o ensinamento. No mundo corporativo não é raro encontrar profissionais ou empresários que tem uma série de preconceitos a respeito da carga tributária do Brasil. Para eles é muito simples: pagamos muito e pronto. Contudo, eles não estão interessados em aprender em que pagam muito, quais as alternativas, quais os caminhos legais que a própria legislação permite para que, dentro da lei, pague apenas aquilo que realmente é devido.
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Contornar objeções
Portanto, é importante que o contabilista aja com inteligência, não apenas para ser flexível no método de ensino, mas também ser inteligente o suficiente para perceber que tipos de preconceitos estão vigorando na mentalidade da alta gestão e buscar elementos para quebrar, para literalmente romper com a fidelidade que a alta gestão tem a esses pré-conceitos. De uma forma simples e prática, o bom professor senhor contabilista, é aquele que não apenas sabe ensinar, mas também sabe eliminar ou contornar as objeções de quem aprende. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha