Resiliência não é falta de energia
Em alguns setores a dinâmica no ambiente de trabalho exige que o profissional tenha muita energia, que aja com firmeza, com alta motivação e, principalmente, que tenha uma pró-atividade para agir com rapidez e muita força quando algo errado acontece. Nestas horas, neste tipo de empresa, alguns gestores podem considerar que aquele profissional que é resiliente não tem a energia para conduzir o negócio. Imagine, por exemplo, uma empresa de varejo, onde é necessário que o profissional esteja sempre muito motivado para conduzir uma equipe de vendas a bons resultados.
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Perfil, não desempenho
Se esse profissional demonstra como característica não reagir com grande energia quando algum problema acontece, pode parecer para a alta gestão que esse profissional na realidade é frouxo, que não terá pulso firme quando a necessidade acontecer. Nestas horas é importante que o profissional saiba mostrar para a alta gestão a diferença entre ser enérgico ou ser uma pessoa que tem medo de assumir posições. Não é necessário erguer a voz para estimular uma pessoa a ficar mais motivada. Também não é necessário erguer a voz para chamar a atenção de um funcionário que está cometendo um erro. É uma questão muito mais de perfil do que propriamente de desempenho.
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Sem impulsividade exagerada
Conheço gestores que conseguem conduzir uma equipe de vendas com extrema energia sem se mostrarem alterados. A saída é o profissional conversar mais com a alta gestão, se aproximar dos seus chefes e, aos poucos, mostrar que não é ele o resiliente quem deve mudar, mas sim os seus chefes que devem começar a perceber que algumas atitudes impulsivas demais, principalmente diante de problemas, além de não ajudarem em nada, complicam ainda mais a situação. Resilientes são pessoas que têm futuro. Logo, meu amigo, não desista de ser resiliente, ao contrário, convença os outros a também agir assim.
(Luciano Salamacha)