Espelho
Quando se fala em gestão, resguardadas as devidas particularidades, pode-se dizer que governar um país é como governar uma empresa. Logo, podem-se analisar dois caminhos distintos a serem adotados pela nova presidente do Brasil. O primeiro é o caminho do espelhamento. Por esse caminho toda equipe de governo terá como características mais fortes, marcantes, as mesmas que a presidente tem e que busca na sua equipe pessoas de igual conduta. Por essa linha teremos uma equipe de governo extremamente objetiva, pulso firme e de negociações muito difíceis junto à sociedade.
Não tão livre assim
Porém, de outro lado, a nova presidente Dilma Rousseff pode escolher o caminho da humildade. É quando o gestor de uma empresa reconhece que tem pontos falhos e precisa de pessoas que tenham talento justamente para compensar esse tipo de lacuna. Então se pergunta: que tipo de gestão a nova presidente deverá ter? Entendo que num primeiro momento ela seguirá o caminho da humildade, mesmo porque para ser eleita teve de fazer uma série de acordos políticos e muitas pessoas terão de ser aceitas no seu governo, não escolhidas de maneira tão livre assim.
Profissionalismo
Depois a tendência natural é que no segundo e terceiro anos de mandato a equipe seja fortemente técnica, para no quarto ano voltar a ser uma equipe extremamente política em função do desejo da reeleição. A diferença fundamental é que no meio corporativo não há tanta abundância de estratégias porque não há eleição. Enquanto no meio político o que vale é o resultado das urnas e não o resultado objetivo da última linha do balanço, no meio empresarial o que vale é o resultado que agrega valor e que contribui para o crescimento da empresa. Só resta aguardar e torcer para que o novo governo auxilie o nosso país a crescer e se desenvolver tanto quanto ele merece.