A crônica esportiva de modo geral é bairrista. Não adianta dizer que isso não existe. Basta prestar atenção em como são apresentados os fatos e tudo mais. Não vou entrar no mérito local, onde proteger o time da casa é, claro e obviamente, algo natural. Mas, em nível nacional, a situação muda de figura.
Na rodada do meio de semana do Campeonato Brasileiro da primeira divisão, alguns jogos chamaram a atenção. Vamos começar com o Atlético-PR, que encarou o Fluminense no Maracanã. Observando os comentários dos programas com alcance nacional antes do confronto, nenhum dos entendidos observou qualquer ponto a favor do Rubro-Negro da Baixada. Todos foram unânimes em dar vitória ao time carioca. No fim, o Furacão saiu na frente e com um a menos devido a um nocaute, acabou saindo com o empate do Maracanã. No finalzinho quase ganhou o jogo.
No Alto da Glória, o Coritiba, que vem jogando o fino da bola neste início de Brasileirão, recebeu o todo poderoso Palmeiras, atual campeão brasileiro. Mais uma vez a turma do eixo Rio-São Paulo não deu importância ao time paranaense, que briga na ponta da tabela. O Coxa venceu com um golaço e poderia ter sido mais. Mas a tal crítica preferiu ficar apontando falhas da defesa palmeirense na jogada. Sinceramente, naquele gol, o lance foi perfeito por parte do Coritiba.
Por fim, o sempre favorito Flamengo foi sumariamente batido pelo Sport, em Recife. É verdade que houve falha do Mengão no primeiro gol. Mas o golaço do time pernambucano foi totalmente esquecido em virtude da presepada do goleiro flamenguista. A verdade é que quando perdem, foi porque fizeram um jogo ruim. Surgem expressões como o time está irreconhecível hoje. Nunca é por qualidade ou mérito do adversário.