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Da ocupação à Freguesia de Ponta Grossa

Povoadas as primitivas sesmarias de Diogo da Costa Rosa ao longo de quase todo o século XVIII, instalados importantes fazendeiros em vários pontos da região, aflorava, aos poucos, o desejo de emancipação do bairro de Ponta Grossa, desvinculando-o da extensa jurisdição de Castro.

A afluência de novos moradores aliada aos numerosos sucessores das primeiras famílias; o ramal da estrada de tropas que vinha do extremo Sul e que, abandonado o antigo trajeto, agora atravessava a povoação; o ponto de parada desses tropeiros junto à Casa de Telhas e o incipiente comércio que ali começava, tudo isso servia de incentivo para que diversos líderes pleiteassem a Freguesia, então considerado o primeiro estágio do processo de autonomia.

Em paralelo, o povoado recebia alguns benefícios administrativos que atestavam o seu desenvolvimento e estimulavam os anelos de emancipação: nomeação oficial de Inácio dos Santos como capitão de mato ou autoridade policial; criação de uma Companhia de Cavalaria de Ordenanças sob o comando de Cyrino Borges de Macedo.

Por isso que, vencidas as duas primeiras décadas do século XIX, um grupo de influentes moradores dirige-se a D. Pedro I solicitando-lhe a criação da Freguesia. Entre os signatários encontram-se Domingos Ferreira Pinto (pai do Barão de Guaraúna), Miguel Ferreira da Rocha Carvalhaes, cunhado de Domingos e proprietário da fazenda Bom Sucesso adquirida de José Antônio de Oliveira (genro de Domingos Fraga) e da fazenda Rincão das Pombas comprada de netos do mesmo Fraga; Benedito Mariano Ribas (juiz de paz e primeiro subprefeito), Joaquim, Hermógenes e Jeremias Carneiro Lobo, João da Silva Machado (depois Barão de Antonina), Joaquim Procópio de Souza Castro  (futuro Presidente da primeira Câmara), Carlos José de Oliveira (sucessor de Domingos Martins Fraga e doador das terras que compõem o centro urbano de Ponta Grossa). O requerimento, encaminhado em 1821, não foi, porém, apreciado em virtude do conturbado momento político que antecedeu à declaração da Independência.

No entanto, dois anos depois, os signatários desse primeiro pedido voltam à carga. Consta que o estancieiro Joaquim Carneiro Lobo e seu filho Hermógenes foram os portadores da petição de elevação até às mãos do Imperador. E que nessa empreitada também teria concorrido o coronel Luciano Carneiro Lobo, homem de certa influência junto às autoridades do Rio de Janeiro e que lutava pela emancipação de Jaguariaíva.

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