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Maracanã foi desfigurado e agora, abandonado

 

Depois do vexame que foi a celebração dos 500 anos do descobrimento do Brasil, ficou claro que nossa sociedade está debilitada no que se refere à memória histórica, cidadania e civismo. E essa é uma questão que está inserida no nosso futebol. Afinal, já roubaram e supostamente derreteram a Jules Rimet. Agora, tivemos a tal reforma no Maracanã para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro.

Nesse embalo, destruíram um monumento cuja estrutura espetacular reproduzia um imaginário que simbolizava o futebol brasileiro. Nada se comparava ao Maracanã original, especialmente pela arquitetura única. Sua extraordinária obra e história o tornava singular e reconhecido pelo mundo como o maior templo do futebol.

Especialistas garantem que não precisava fazer tamanha mudança estrutural no Maracanã. Apenas alguns ajustes seriam suficientes para a Copa e tudo mais. Mas, com ação do esquema de construtoras e governantes corruptos, tudo isso foi ignorado e destruído para consumir e desviar bilhões.

Embora o nome ainda seja o mesmo, ficou claro que o estádio está muito aquém daquela magnífica imponência das arquibancadas sobrepostas. Daquela identidade nacional e orgulho de todas as torcidas. Da folclórica geral e o que realmente fora o glamour do Maracanã, que já acomodou 200 mil pessoas e realmente era impressionante.

Na verdade, fizeram um estádio moderno, mas que obedece a um padrão arquitetônico enlatado e dos mais comuns. Sobretudo, sem piedade, desfiguraram toda uma memória afetiva que vinha por gerações, além de elitizar o público. Como se não bastasse, nesse momento, o Maracanã está abandonado… Enfim.

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