Boa tarde!
Nesta quinta feira, gostaria de refletir, sobre um artigo, publicado algum tempo atrás, em um dos jornais, mais respeitados do mundo, o The New York Times, o qual trazia como título: “Quatro crises de fome ameaçam o mundo ao mesmo tempo”: Baidoa, Somália – No começo, as árvores secaram. Depois as cabras tombaram mortas. Então a água do poço da aldeia começou a desaparecer, foi ficando turva, depois vermelha, e em seguida cor de lodo verde, mas os aldeões continuaram a bebê-la. Era tudo o que eles tinham. Agora, numa área pedregosa, quente, nos arredores de Baidoa, milhares de pessoas se amontoam em campos miseráveis, muitas segurando o estômago e outras já mortas por causa de uma epidemia de cólera. “Mesmo que a gente consiga algo para comer, não há água” disse uma mulher, que segurava a cabeça com a mão esquerda, fina como uma folha, queixando-se de que sentia o estômago queimar. Pela primeira vez até onde vai a memória, existe uma possibilidade real de quatro crises de fome, na Somália, Sudão do Sul, Nigéria e Iêmen, irromperem ao mesmo tempo, pondo em risco a vida de mais de 20 milhões de pessoas, podendo resultar no maior desastre humanitário desde a Segunda Guerra Mundial. Quando perguntaram a Abdi, cuja mãe estava a beira da morte, o que a teria feito adoecer, ele respondeu que era simples: “a estação quente e ponto final”. Apenas um panorama, entre centenas de outros, onde percebe-se, o sofrimento intenso do ser humano, em razão da ausência de alimentos, e de água potável. Então fiquei a pensar, sobre o quanto somos “especialistas”, em criar leis e mecanismos, para desperdiçarmos alimentos. Até parece, que vivemos em um mundo cor de rosa, ou mesmo um paraíso terrestre, onde todos a estas horas, estão sorrindo a toa de barriga cheia. É triste pensar assim, mas muita gente, tem esta visão restrita a meu ver. Tenho plena noção, de que uma andorinha apenas, não faz verão mas se nenhuma alçar voo, não teremos uma revoada, seja ela para onde for.
“Contraditório querermos ajudar pessoas de outros países se não conseguimos ajudar os nossos próximos.” (Emerson P.)
Fome que fome? Crise que crise? Vírus que vírus? Mortes que mortes?
Pensar que ainda tem gente com tais dúvidas afiadas na ponta da língua.
Penso que estão desembarcando de uma viagem interminável ao espaço sideral.
Grande abraço aos leitores(as).
Emerson Pugsley
(Imagem deste post emprestada da internet)