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“Fique em casa”

“Fique em casa”

Essa expressão nunca teve tanto sentido e nunca foi  tão necessária, como nos dias atuais.

Nem sempre isso é possível e nem sempre concordamos, porém essa atitude, em tempos de Pandemia, fará para que estejamos contribuindo para a nossa vida e a saúde de outras pessoas.

Hoje não existe somente, grupos de risco, porém, comportamentos de risco, na proliferação ou no controle da contaminação do novo corona vírus, pois todos, em qualquer idade, poderemos ser veículo desse inimigo, que se propagou por todo o mundo.

Que atitudes individuais poderão impactar no coletivo? Como está o nosso aparato estatal, a nossa capacidade hospitalar, o acesso aos equipamentos de proteção aos profissionais da saúde e aos pacientes?

Temos sabido, que o óbito por Covid 19, cresce de maneira incontrolável, causando muitas dores, pois é “um óbito solitário”, muitas vezes, sem despedidas. E não são números, são seres! Seres do afeto, do amor, da família, dos amigos, do trabalho, da comunidade.

Já abordei, mas sempre vale reforçar: estar em isolamento social, não significa, “estar só”, significa se re-inventar, fazer diferente, ser criativo, utilizar novas estratégias, estar consigo mesmo. E, esse último, tem sido o mais difícil de se realizar…

Por quê temos dificuldades em ficar conosco mesmos? Será pela dificuldade de nos “encararmos” de frente? De não querer saber quem realmente somos? Ou não “gostamos” do que somos e não queremos fazer o auto-enfrentamento? O tédio e/ou a solidão nos dominam?

“O medo de ficar sozinho é comum a muita gente e transmite receio, insegurança e tristeza. Mas porque é que a solidão tem um peso tão grande ao ponto de, várias pessoas, ficarem deprimidas e ansiosas?” Cada pessoa atribui o seu próprio significado à solidão, de acordo as suas características pessoais e com o ambiente que a rodeia. No entanto, também é importante perceber que todos os seres humanos sentem solidão em algum momento da vida.

As pessoas podem estar sós e não sentirem solidão, mas também podem estar acompanhadas e sentirem-se sós. Portanto, a solidão é apenas um sentimento e não um estado definitivo; ou seja, pode sentir-se sozinho e muito triste hoje, no entanto, não quer dizer que também sinta isso amanhã.

Os sentimentos aparecem e cada pessoa tem a sua forma de lidar com eles: pode deixar que o vençam e fiquem para sempre consigo ou pode fazê-los desaparecer.  Algumas formas para conseguir vencer a solidão, podem ser indicadas, porém o primeiro grande passo é assumir, para si próprio, que quer mudar para que sentir mais feliz.

Segundo, Mafalda Leitão, psicóloga  clínica: “não se isole de tudo e de todos; sinta-se bem consigo próprio; tenha hábitos saudáveis; faça atividades sociais, mesmo de forma virtual, convocando uma rede de solidariedade para ajudar os mais necessitados, dando atendimento tanto material como emocional; pratique atividades em grupo; procure velhos amigos e hábitos; pratique exercícios físicos, pratique jogos on-line, encontre seu hobbie (esquecido e abandonado) e principalmente, viva o presente”.

Esse último, para mim, o mais importante, para os nossos dias. O estar no “aqui e no agora”! O que posso fazer para perceber os meus valores, como otimizar o meu tempo, como avaliar as minhas emoções e/ou sofrimentos, e sentir que como estamos tolhidos em nossa liberdade, fazer desses momentos uma oportunidade de nos tornarmos mais humanos, mais amorosos e solidários.

Lílian Yara de Oliveira Gomes – CRP 08/17889

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