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Exemplos se foram

 

Copel, Sanepar, Telepar, três exemplos de companhias estaduais que o Paraná poderia, como de fato o fazia, exportar pelo que se entendia excelência dos serviços prestados. Tudo independente de administrações. Dentro do conceito absoluto de que administrar é dar continuidade às obras e serviços, aquelas três irmãs significavam à época, orgulho paranaense.

O tempo passa, voa como no caso do Bamerindus, infelizmente, e agora ficamos todos chocados com o apontamento de que a Sanepar não trata como deve o esgoto em diversos pontos do rio Iguaçu. Ao ponto, só como observação e lembrança, de que as multas se acumulam através dos anos e vêm de toda a parte.

O governador Beto Richa, auxiliares de sua administração, pessoas responsáveis por setor importante da governança; vêm negar com veemência os fatos apontados pelo Ibama, o Tribunal de Contas, secretarias municipais, Instituto Ambiental do Paraná, Agência Nacional de Águas. Mais, aponta-se o período eleitoral como aviltado pela manifestação que desencadeou a chamada operação Água Grande.

Ora, os problemas apontados só pegam um pedaço do Governo atual. O pecado vem de anos e atinge vários governos. Uma denuncia política, apenas, poderia afetar o que? A candidatura à reeleição do prefeito de Curitiba? Alguns outros candidatos que o Governo apoia mesmo não sendo do partido do governador?   

Ora, o Governo do Estado, seus principais agentes perderam a oportunidade de convocar um trabalho de limpeza do rio Iguaçu, tarefa nada fácil, claro, e muito demorada, sem dúvida. Mas sob a orientação de técnicos competentes, de funcionários capazes, se daria inicio a um trabalho que sensibilizaria a todos, da capital ao interior, inclusive aos municípios que já se manifestaram contra o trabalho da Sanepar em determinados momentos.

Ora, ainda, não há, porque entender-se como eleitoral um movimento que alcança anos, décadas. Não se diminui a importância da empresa. São verdadeiras as acusações com plena ressonância? Sim. Então, senhores, é aceita-las e convocar um mutirão que poderia começar com a navegação possível em certos trechos no rio, com todos os apetrechos publicitários capazes de empolgar governantes, administradores de modo geral, prefeitos, ambientalistas, que, juntos, se engajariam numa campanha que se torna necessária e que o Governo do Estado, embora possa não reconhecer, não tem condições de pleno êxito de atuar só e sem sensibilizar o povo.

Ainda há tempo. As eleições estão aí na porta. Elas passarão, o governo continua e recebe de mão beijada uma oportunidade de empolgar os paranaenses através de uma ação ambiental de vulto. Não vale mais esconder-se, desculpas e muito menos passar batido.

 

Ayrton Baptista, jornalista

 

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