Saber se comportar no ambiente de trabalho não é mais uma simples regra de etiqueta e sim uma competência. Mas, por que esse desafio ainda é maior para elas do que para eles? Conversamos com a especialista em Etiqueta Corporativa e Social, Silmara Leite Ribeiro Santos, diretora da Pitacos Marketing e Eventos.
Hoje, fala-se muito em nova etiqueta corporativa, o que isso significa?
Na prática significa que só a competência técnica não é mais suficiente para galgar novos saltos na carreira. Atualmente, está em vantagem no mercado de trabalho aquele ou aquela profissional que sabe se comportar adequadamente nas mais diversas situações do ambiente corporativo, tanto inusitadas como de rotina. Acontece que nem sempre é fácil agir da maneira correta. Por isso, entender bem dessas normas de conduta e aplicá-las corretamente é considerado uma competência profissional, um diferencial
Essas regras também valem para a internet?
Esse é um assunto que tem dado o que falar. Há muitas pessoas que perdem oportunidade de ascensão profissional, emprego e até estágio por não seguir normas de conduta na web, que chamamos de Netiqueta. A questão voltou à tona depois que duas estagiárias do Senado Federal foram demitidas por divulgar, no facebook, um conteúdo considerado ofensivo pela Casa.
Por que para a mulher é mais difícil aplicar essas regras no dia a dia?
A mulher é tida como um ser sensual, por isso, qualquer descuido no vestuário, no modo de andar, de sentar, no tom de voz mais macio, no uso das palavras, no excesso de gentilezas pode ser mal interpretado. Isto não significa que ela precisa se masculinizar.
Dá para se livrar ou evitar situações constrangedoras com o uso da etiqueta?
Sim. A mulher precisa estar mais atenta a detalhes de interpretação, especialmente a não verbal. Uma adequada postura física e comportamental irá lhe ajudar a se precaver de situações constrangedoras, como assédio sexual e moral, por exemplo. É importante atentar a olhares, comentários, piadinhas e analisar bem os convites recebidos. Apesar de todas as exigências do mercado e dos desafios encontrados, é possível sim aliar feminilidade, vida pessoal e profissional, com sucesso.