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Enlatados E Embrulhados

Foto: Ilustrativa

Bom dia!

Tempos atrás fiz a leitura de um artigo, com o título “A cultura do fast food e o fast food da cultura” escrito por Renato Essenfelder e publicado no Blog de um jornal de circulação nacional. Segundo o mesmo, os filmes e os livros de hoje precisam ser fast e a cultura facilmente deglutível e descartável. Com o passar dos anos vi os livros virarem tweets. Vi os filmes virarem séries. Mas tudo com essa dieta cultural empobrecida. A cultura do fast food veio, viu e venceu. A lógica da comida muito rápida, barata e muito fácil de deglutir, digerir e descartar, ultra colorida e feliz, contaminou todos os setores de nossa vida contemporânea. Ouço muitas coisas como: O livro tal é muito grande, dá para resumir? A música tal é muito deprê. Ouço coisas assim, enquanto vejo sorrisos para selfies. Uma dieta sem muitas emoções, sem muitos empecilhos. Confundem as profundezas necessárias para certas discussões com mero bla bla blá. É como se o sentido da vida pudesse ser resumido a duas palavras: uma biografia, a um tweet, uma canção a um refrão. É um paradoxo. Com a onipresença das redes sociais, nos conectamos mais, falamos mais, conhecemos mais pessoas e mais ou menos controlamos as narrativas sobre nós, nossa imagem pública. Por outro lado, o qual demanda tempo e esforço, força a desconectar da vida lenta e dos prazeres lentos de um filme de mais de duas horas, de um livro de mais de duzentas páginas, de uma peça de teatro, incursão a um museu ou ouvir um concerto. Quando me conecto com tudo o que falam agora, neste minuto, em tempo real, forçosamente me desconecto das vozes de todos os fantasmas ainda poderosos entre nós. Quem abre um computador fecha um livro. Não é algo ruim por si só, assim como um lanche do Mc não é fatal no contexto de uma vida equilibrada, pelo contrário, é bem saboroso. Mas quando a dieta se torna só isso, a gente infla como um balão de ar e depois explode, espalhando apenas um grande vazio. Pessoalmente, achei importante refletir nestes pontos, pois percebo que vivemos em uma sociedade riquíssima em recursos e paupérrima em conclusões. Temos tudo ao nosso favor, e mesmo assim, preferimos comer migalhas, que caem da mesa, dos poderosos da mídia em geral, e da política também. Trocamos momentos deliciosos com a família, amigos e desconhecidos, por conversas desnecessárias, via aplicativos, troca de fotos e não troca de olhares, ao vivo e a cores. Deixamos de viajar no conhecimento, e nos distraímos, com jogos violentos de computador, celular, etc e tal. Nada contra quem gosta, mas tudo, deveria ter o seu devido tempo. Concluindo, faça valer a pena a sua vida, e não a jogue no lixo dos descartáveis.

“Nunca espere aplausos de uma plateia completamente cega.” (Emerson P.)

Segundou minha gente querida e abençoada por Deus.

Sempre em frente.

Abraço,

Emerson Pugsley

(Imagem deste post emprestada da internet)

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