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ENFRENTANDO O BICHO

Falar da pandemia é chover no molhado. Obviamente não fazemos a menor ideia do que vai acontecer daqui para a frente, aliás, ninguém sabe. Nem o governo de nenhum país, nem a OMS, nem FBI, KGB, ABIN, MOSSAD, ou qualquer outra agência de inteligência. Nem mesmo a NASA, que colocou o homem na Lua (além de desenvolver os melhores travesseiros do mundo), tem qualquer previsão sobre o que vai ser da humanidade e de quando é que vamos voltar à normalidade. Normalidade, talvez nunca mais. Considerando os números da doença ao redor do mundo, me parece impossível que na China tenha se resumido àqueles dados divulgados. Países muito menos populosos, com menor densidade demográfica e com questões de higiene e sanitárias muito mais desenvolvidas que a China estão em situação terrível, sendo que nem foram pegos de surpresa, como ocorreu por lá. O fato é que estamos todos andando no escuro, com algumas frágeis velas acesas, sem vislumbrar a luz no fim do túnel.

SE CORRER OU SE FICAR, O BICHO PEGA

Países como Alemanha, Japão e Coréia do Sul, que estavam passando relativamente sem sofrimentos pela pandemia, sentiram que houve um aumento considerável no número de casos a partir do relaxamento do isolamento social e do retorno da economia. E agora, o que farão? Parar de novo? Até quando dá para suportar? E como enfrentar os efeitos tangíveis (emprego, renda, riqueza, produção, número de mortos) e intangíveis (depressão, ansiedade, solidão, síndrome de pânico, suicídio) de uma paralisação mais prolongada que torne impossível a retomada rápida da economia. Esses países são uma amostra de que talvez estejamos tentando resolver o problema com a solução errada. Estamos acuados, com medo, escondidos dentro de casa, enquanto lá fora paira uma nuvem de incertezas sobre tudo.

SAIR DO BURACO

Não é característica da humanidade se esconder por medo. Temos que enfrentar o problema. Esse tempo de reclusão, que já está próximo de 60 dias, deveria ter servido para tornar os sistemas de saúde mais robustos, para poder enfrentar o número de doentes graves da pandemia, e assim poder liberar a população para enfrentar o vírus de frente. Obviamente que não quero ficar doente e nem que meus amados fiquem, ou que qualquer um de nós morra. Mas o fato é que a quarentena não elimina o vírus, o que significa que vamos nos encontrar. Precisamos de três coisas para esse enfrentamento: atendimento médico, remédios e vacina. Dos três o que é possível fazer em curto e médio prazo é estruturar o sistema de saúde. Remédio em torno de 6 meses e não é eficaz para todo mundo. Vacinas em torno de 18 meses, e não alcançará todo o planeta de imediato. E não dá para esperar tanto tempo, pois então estaríamos gerando uma segunda pandemia – do desemprego, e consequentemente a fome, a miséria e o aumentos das desgraças humanas que são subprodutos da desgraça econômica.

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