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E-commerce investe em formação contra falta de talentos

Apesar de pagar salários acima da média do mercado, empresas têm dificuldades para achar mão de obra qualificada. Um profissional júnior que trabalha no comércio eletrônico ganha, na maior parte dos casos, um salário compatível com o da categoria sênior – se analisados casos semelhantes em outros segmentos. O valor recebido chega a ser até 60% superior ao que o funcionário deveria ganhar com as qualificações que possui, segundo estimativas do diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (câmara e-net), Gerson Rolim.

 

Distorção torna mais difícil ainda

Tamanha distorção torna difícil a contratação de funcionários no e-commerce. Em pesquisa da consultoria e-bit, 274 lojas virtuais afirmaram que 65% dos candidatos a emprego entrevistados em 2012 não preenchiam requisitos exigidos. Essa carência de gente capacitada estimula, de um lado, o “roubo” de profissionais de empresas consagradas, como o Submarino – ex-funcionários do site são figuras frequentes em empreendimentos iniciantes. Por outro lado, é também um estímulo à criação de cursos voltados exclusivamente para o e-commerce.

 

Cursos on line e universidade corporativa

O grupo Buscapé, que nasceu com o comparador de preços, oferece 32 cursos online e três presenciais em sua universidade corporativa. As áreas de conhecimento variam de logística a SEO (estratégia para aparece no topo dos resultados de uma busca na web), e 70% dos professores são da própria companhia. “Entre as pessoas que procuram os cursos estão donos de lojas físicas que pretendem abrir loja virtual e pessoas que veem oportunidade de construir carreira no setor”, diz o diretor da Universidade Buscapé, Daniel Cardoso. Uma empresa de e-commerce precisa de profissionais com conhecimento em marketing digital, links patrocinados, métricas na web, atendimento ao cliente e logística.

 

O que não fazer

Segundo Cardoso, na Universidade Buscapé ensina-se inclusive o que não fazer: por exemplo, montar um site animado todo em Flash, que não é facilmente achado no Google. Há lições ainda sobre os empreendimentos que têm maior chance de obter sucesso. “Hoje, ou você parte para o nicho ou tem uma ideia revolucionária”, diz André Lucena, que fez um curso no Buscapé e pretende montar um site de artigos para corrida de rua. A iniciativa do Buscapé também tem um interesse comercial. O grupo tem 14 empresas e os cursos ensinam como usar os serviços dessas companhias.

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