A decisão da Copa América Centenário, entre Argentina e Chile, apresentou os clássicos ingredientes do futebol sul-americano, na terra do Tio Sam. No fim, o Chile alcançou a glória do bicampeonato histórico, novamente numa decisão por pênaltis e marcada com requintes de crueldade. No instante mais agudo, o quase` argentino, Messi, chutou pelos ares a chance de seu país conquistar um título, escasso há 23 anos.
Digo quase argentino porque o craque do Barcelona encerra seu ciclo na seleção platina sem nunca ter soltado o grito de campeão junto aos seus compatriotas. Melancolicamente, no que pode ter sido seu último ato pelos argentinos, mandou a bola por cima do travessão. Assim, lá se vão quatro amargos vice-campeonatos, algo oposto se comparado ao decantado desempenho pelo milionário time espanhol. Então, o globalizado Messi definitivamente não pertence ao povo argentino.
Mesmo quebrando recordes pelo Barcelona, jamais chegará aos corações portenhos e muito menos aos pés de Maradona. Foi triste ver esta boa geração argentina e um craque se desmancharem desse modo. Porém, foi ótimo ver os atuais chilenos se confirmarem como potência sul-americana…
Pobre Argentina que chora mais um fracasso, obviamente, frustrada pela ausência de identidade ao seu maior craque da atualidade. Ou seria o craque dos espanhóis? Isso remete a algo ainda mais sombrio. Enfim, onde está nossa gloriosa seleção canarinho? Cadê nossos craques brasileiros? Aonde foi parar nossa identidade?