Tudo é uma questão de domínio
A presença física do gestor na empresa não significa obrigatoriamente que tudo anda bem, que simplesmente pelo fato de ali estar, todas as coisas acontecerão da maneira correta. Mas, de outro lado, isso não significa que ele tenha de estar atento presencialmente, fisicamente no local. Conheço gestores que, embora fisicamente ausentes, têm domínio pleno de tudo o que acontece na sua organização. E por um motivo muito simples. Como gestores, eles sabem exatamente que tipo de indicadores devem cobrar dos seus funcionários, da sua equipe para poder saber se as coisas vão bem.
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Detentor de dados
Imagine a seguinte situação: você é sócio proprietário de uma loja de confecções com artigos masculinos e femininos. Os indicadores efetivamente importantes para que você tenha a empresa nas mãos são o volume de estoque, o volume de vendas, o percentual de descontos estabelecidos e dados para os clientes, o volume de inadimplência que você tem sobre as vendas a prazo, entre outros fatores. Se você tiver esses dados você já está devidamente preparado para poder estar ausente da sua empresa. Já, se você é uma pessoa que está fisicamente, todos os dias, na sua organização e não consegue ter todos esses indicadores na sua mão, de nada adianta estar presente.
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Tem de usar técnica
Percebeu a diferença? Gestão significa usar inteligência, usar conhecimento a serviço da geração racional de resultados. Já quando se tem indicadores de nada adianta ter esforço, dedicação, se junto com esse esforço e com essa dedicação não há racionalidade, não há técnica. Portanto, a recomendação de hoje é clara. Para se sentir seguro quando se é um gestor ausente na empresa é importante ter técnicas de gestão e não apenas esforço e vontade de que as coisas dêem certo.
(Luciano Salamacha)