Retração
A crise tem como característica não apenas o sofrimento das pessoas. O isolamento social, a dificuldade e a incerteza perante seu futuro também são algumas características, porém uma das coisas que a crise também traz e que deve ser considerado de certa maneira benéfico é a capacidade de revelar o lado verdadeiro de cada pessoa. Quando acontece uma crise, ou mesmo num ambiente normal de uma empresa, quando acontece algum tipo de situação completamente inesperada e problemática, percebem-se claramente algumas pessoas que você sempre pode contar e de repente retraem aquela solidariedade, partem para um comportamento extremamente egocêntrico e de sobrevivência.
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Fuga
Isso a neurociência explica! É quando uma pessoa, por algum motivo, entra em estado de fuga, quando acha que a luta não pode ser ganha e principalmente quando acha que estamos na lei do salve-se quem puder. Nessas horas também podemos perceber que outras pessoas que via de regra não são tão líderes assim, muitas vezes não se posicionam como nós desejávamos ou também não se posicionam como outras lideranças que agora fogem, mas que nesses momentos de crise assumem um papel fundamental de solidariedade, um papel fundamental de quem assume a responsabilidade pelo todo e não apenas pelo seu próprio nariz.
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Não impor
A minha recomendação é para que as pessoas neste momento respeitem o tempo e o raciocínio dos outros. Querer impor a outras pessoas o seu próprio raciocínio pode ser um erro muito sério que vai gerar desgaste, vai gerar rompimento de relações e que na verdade está sendo aplicado para os outros num momento de extremo stress. O melhor, em minha opinião é que você deixe de lado qualquer tipo de disputa sobre quem está ajudando e quem não está ajudando. Simplesmente se concentre em fazer o que você considera certo. Depois que tudo passar, em que as coisas estiverem no seu devido lugar, aí sim, se você ainda achar que vale a pena, você pode retomar o assunto e conversar a respeito. Pense nisso, crise é momento de unir as pessoas e não de provocar a separação delas. Pense nisso!
Luciano Salamacha