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Chuteira velha é que bate bem na bola

Coluna Toque de Letra

Fabrício Ribeiro

Legenda

Não sei se é algo novo ou não, mas hoje em dia parece existir uma verdadeira obsessão, principalmente por parte da imprensa, em taxar que jogador com mais de 25, 27 anos já está ficando para trás. O discurso é exigir quase que diariamente o surgimento de novos jogadores talentosos no cenário brasileiro. Até certo ponto essa preocupação é válida, mas desqualificar os chamados veteranos já é um exagero. Seria a demanda do mercado? É preciso olhar com mais cautela essa questão, afinal, sempre tem lugar para um cascudo no time. Aquele cara que conhece e tem a mandinga do jogo, sem afobação.

Mas, ultimamente, jogador com 30 anos simplesmente não serve mais – conforme o tal discurso. Porém, nesta temporada, muitos dos principais clubes brasileiros montaram seus times com jogadores passados na idade. Claro que há a questão física, uma vez que o futebol moderno exige muito mais vigor atlético do que bola. Mas, convenhamos, futebol não é atletismo ou coisa do gênero e o craque, ou mesmo aquele jogador bom de bola, sempre vai ter espaço, independente da idade. Sobretudo, num certame como uma segunda divisão estadual, onde há muita correria e pouca categoria.

Conhecemos muitos exemplos de longevidade, como Zé Roberto, Graffiti, Robinho, Leo Moura, etc, etc. Dois ou três caras experientes, na zaga, meio campo ou ataque, pode sim ser a diferença para uma boa campanha. Douglas, do Grêmio, é um bom exemplo. O time joga em torno dele, que faz jogadas inteligentes e decide partidas. Assim, recentemente o Tricolor Gaúcho conquistou o pentacampeonato na Copa do Brasil de forma brilhante. O futebol do veterano meia, de 35 anos, foi fundamental. Enfim, como diz o ditado, chuteira velha é que bate bem na bola…

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