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Cega Empatia

Bom dia!

A vida está retornando ao “normal”, mesmo em anormais tempos. Ruas lotadas, shopping movimentado, praças de alimentação repletas de famílias inteiras. Até parece passarinho que após um período engaiolado, conseguiu a tão esperada liberdade. Sim não poderíamos ficar em quarentena eterna enquanto dure. Teríamos que reaprender os caminhos da sobrevivência e dos movimentos cotidianos, sem os mesmos, passaríamos sérias dificuldades. Costumo sempre afirmar, a pandemia somente existirá a todos(as) que dela tiveram levados embora para sempre um pai, uma mãe, um filho ou filha, um irmão ou irmã, entre outros familiares mais. Dias atrás, assistindo a reportagem, fiquei perplexo com o número na escala de milhões de orfãos menores de idade, os quais simplesmente perderam pai e mãe ao mesmo tempo, vítimas do vírus invisível. Sim estes(as), vão lembrar da pandemia, como algo semelhante, a um filme de terror, só que esse da vida real, da realidade nua e crua, sem maquiagens bonitas e céu cor de rosa. Talvez, fosse este o momento exato, de colocarmos na prática, aquele tão propalado espírito de solidariedade global. Mas como sou cético na humanidade, sei que é utópico, abstrato e inexistente. Ontem mesmo, lendo um comentário de leitores em jornal de circulação nacional, um destes disse o seguinte: “-O que temos é uma fraudemia e não pandemia”. Sim são seres nada humanos, nada empáticos, nada civilizados. Quem sabe, são as sequelas nocivas do vírus, que além de desgraças, escancarou aquilo que temos de pior e mais obscuro dentro da mente.

O nosso século já não é um século de ouro. É um século de consumismo e fuga, um tempo de febre e esquecimento.”

(J. M. G. Le Clézio)

Quarta feira ensolarada nos Campos Gerais.

Espero que este sol aqueça os gelados corações e mentes pois tudo o que plantarmos iremos colher. Desta dinâmica da vida jamais poderemos escapar.

Emerson Pugsley

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(Ilustração deste post emprestada da internet)

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