PARQUE TECNOLÓGICO
Entra ano, sai ano, e o famoso PARQUE ECONTECNOLÓGICO DE PONTA GROSSA continua uma terra abandonada. Não sei como ainda não ocorreram invasões no local e alguns barracos não foram construídos por ali. Afinal é um excelente terreno, praticamente plano e com uma vista muito bonita dos Campos Gerais.
Enquanto isso, do outro lado do muro (?!?) a Universidade Tecnológica Federal do Paraná produz engenheiros, tecnólogos, cientistas, mestres, doutores, professores além de desenvolver tecnologia, pesquisa, extensão, desenvolvimento e abrigar uma pré-incubadora e uma incubadora de empresas de base tecnológica. Há alguns quilômetros do local, o campus da UEPG faz com maestria o mesmo trabalho, ou seja, a cidade respira tecnologia. Mas o parque, nem respira nem nunca respirou.
ELEIÇÃO
Nos corredores da UTFPR nutríamos uma expectativa de que, com a eleição, o falecido parque tecnológico seria ressuscitado, ao menos nas promessas, mas que já daria uma ponta de esperança aos jovens e futuros empreendedores.
Mas nada! Nem uma menção! Nem da situação para dizer que fará, nem da oposição, para dizer que não fez. A impressão que dá é que essa corrente mundial do movimento de startups não é de interesse da nossa cidade. Que os jovens acadêmicos com suas ideias malucas que podem vir a gerar um negócio e gerar empregos, podem ir embora procurar por outros parques, em Dois Vizinho, Pato Branco, Cornélio Procópio ou outra cidade de menor expressão, mas que investem nos jovens empreendedores.
POTENCIAL
Sem muito aprofundamento, dá para estimar que o parque tecnológico pode abrigar mais de 100 empresas, gerando mais de 3000 empregos e muitos milhares de reais em ISS, outras centenas de milhares de reais em salários, o que contribuiriam imensamente para o desenvolvimento da cidade de Ponta Grossa.
Confesso que após 14 anos falando de parque tecnológico, desde os tempos do CDESPONTA, estou meio que desmotivado e descrente. Acho que nossos jovens empreendedores terão mesmo que procurar outro endereço para aportar suas empresas nascentes.
Afinal os jovens ligados ao movimento de startups não tem muitos problemas com raízes, não ficam numa cidade por amor, eles estão em busca de negócios, seja onde for.