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FUNCIONÁRIO BASICÃO – LEIA E REFLITA

FUNCIONÁRIO BASICÃO

A ideia de coisas básicas não é ruim, porém quando nós usamos o termo básico dessa forma – basicão – boa coisa não significa. Quanta coisa na vida nós temos que optar pelo basicão. Às vezes um carro, uma casa, uma viagem, um hotel. Você queria algo melhor mas acaba tendo que escolher o basicão.

Pior ainda quando nos empurram um basicão como se fosse top de linha, fazendo promessas e mais promessas que jamais serão cumpridas e, após algum tempo, fica na boca aquele gosto amargo da decepção.

IDENTIFICANDO UM FUNCIONÁRIO BASICÃO

Sabe aquele funcionário que não faz nada além do necessário? Que vai às reuniões e dá um monte de ideias e sugestões e depois não assume nenhuma responsabilidade. Está sempre indo ao banheiro, ou tomando água, ou no cafezinho. Reclama do salário, do sol, da chuva, do quente, do frio e quando pode foge de qualquer serviço, repassando para os colegas ou, pior ainda, descartando sem rodeios o solicitante que, muitas vezes, é o cliente. Não cumpre prazos, sempre dá desculpas esfarrapadas e nunca as coisas deram errado por causa dele, e quando algum novato dá uma ideia, imediatamente ele fala que em algum lugar do passado aquilo já foi tentado e não deu certo. Para completar, na hora da saída fica perto do relógio ponto para ser o primeiro a sair e nunca, jamais, faz um minuto de hora extra.

Lendo essa descrição você lembrou de alguém? Se sim, parabéns, você trabalha junto com um BASICÃO. Eles estão por toda parte, nas escolas, nos jornais, hospitais, bancos, prefeituras, indústrias… Só espero que não seja você mesmo.

 

COMO UM BASICÃO ENTRA E FICA NA EMPRESA?

A permanência no trabalho é fácil de explicar. O basicão é mestre em se esquivar de problemas, afinal quem pouco faz, pouco erra e pode passar despercebido. Pode também se apoiar em algum feito do passado ou em um chefe amigo e vai ficando sem ser notado. Já a entrada na empresa pode acontecer de quatro formas distintas:

1) A mais comum é quando o basicão engana no processo seletivo, se mostrando o funcionário ideal e, após o período de experiência, mostra a verdadeira face.

2) Está relacionada ao salário oferecido. Se você paga mal, não espere contratar gente boa, se contente com uma equipe basicona. Tente comprar um carro top de linha oferecendo preço de básico e veja se você consegue.

3) Concurso público, que pode ser uma fábrica de basicões por causa da falta de motivação para o funcionalismo e por outros fatores como a estabilidade e interferências políticas.

4) O funcionário perdeu a motivação ao longo dos anos e tornou-se um basicão. É a menos pior, pois dá para recuperar o perfil adormecido.

Faça uma autocrítica e se você se identificou é melhor mudar porque o momento da economia não está bom para esse tipo de trabalhador.

NELSON CANABARRO é professor de Gestão de Sistemas da Qualidade na UTFPR. Consultor de empresas e escritor. Contato: [email protected]

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