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VALE A PENA ANTECIPAR O 13º SALÁRIO?

Dora Ramos

 

Já estamos nos aproximando do final do ano e muitos bancos e instituições financeiras começam a oferecer uma série de empréstimos para que os correntistas e clientes possam antecipar seus rendimentos anuais, como o décimo terceiro salário, a fim de quitar determinadas dívidas ou até adiantar a realização de um projeto. Porém, será que isso vale a pena?

O que muitos clientes devem ficar atentos é com a taxa de juros a ser cobrada sobre o valor retirado. Digo isso porque, dívidas como cartão de crédito possuem altíssimos encargos, na casa dos 13%, o que torna viável solicitar o empréstimo para quitar o valor total da fatura.

Por saber que em dezembro é garantido que o contribuinte receberá o valor retirado, os bancos costumam programar a antecipação e a cobrança do salário extra. Além de poder oferecer taxas em torno de 2,9% ao mês sobre a quantia contratada, tributo inferior aos empréstimos convencionais, como as do cheque especial.

Assim como as taxas menores, o contratante tem a vantagem de não comprometer o orçamento com parcelas mensais. O valor do empréstimo será cobrado de uma única vez, ao final do ano, no momento em que a bonificação é depositada na conta corrente. Porém, é  importante estar atento a alguns riscos como, por exemplo, o cliente perder o emprego no período entre a contratação e o pagamento e não possuir recursos para quitar o programado.

Mesmo com essa possibilidade de antecipar o pagamento de certas dívidas, é necessário ter consciência na hora de usar o dinheiro retirado para que não falte em um momento oportuno. Por isso, é aconselhável organizar todas as suas dívidas em um papel ou em uma planilha de computador, com os respectivos prazos de vencimento, e, caso haja, os descontos por pagá-las antes do previsto.

Dessa forma, é possível dimensionar por inteiro o débito a ser quitado e optar claramente por quais são os imprescindíveis ou se ganhará desconto antecipando o pagamento. É sempre bom preservar uma reserva desse dinheiro para as contas que aparecem entre os meses de dezembro e janeiro, como presentes de Natal, material escolar, IPVA, entre outros gastos extras.

 

A autora atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos. É fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial.

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