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Uma incógnita chamada cadeião em Ponta Grossa

 

Nestes últimos dias, temos assistido e ouvido diferentes notícias envolvendo a cadeia pública de nossa cidade. Com sua capacidade, acima do limite máximo, foi necessária a transferência de detentos, para outras unidades aqui na cidade e também de outros municípios.

Um grande problema, pois a disseminação de doenças, principalmente a sarna, respiratórias e cutâneas, transformaram aquele local, em um verdadeiro caldeirão de horrores. Homens e mulheres, enjaulados pelos seus erros cometidos, em uma sociedade que possui suas leis e justiça, mas que não se organiza para punir com dignidade os seus criminosos.

Muitos podem dizer estas pessoas erraram e por este motivo devem ser punidas. Outros tantos podem levar aos extremos, inclusive pedindo a pena de morte. É a liberdade de opinião que precisa ser respeitada sempre.

E as notícias, sobre o nosso cadeião, existem faz muito tempo. Desde as diversas tentativas e fugas de presos, rebeliões, as visitas femininas, que carregam em sua intimidade, drogas para os seus companheiros e tudo o que tem de direito. A mãe que chora na televisão, pela prisão do filho, e agora o vê sendo mandado para outra cidade. É a falta de espaço físico.

Não faz muito tempo, tivemos toda aquela polêmica a respeito da entrada e saída de celulares. Sempre existe o jeitinho brasileiro. O que mais nos deixa perplexos, é a construção de uma torre de operadora de telefonia, fazendo divisa com o terreno da cadeia. Ao invés de inibir a comunicação, as coisas parecem ser facilitadas. Não entendo como permitem tais fatos. A colocação destas antenas precisava de um melhor planejamento.

O país como um todo, precisava rever o sistema prisional. Deixar as pessoas apenas presas e desocupadas, não resolve o problema da violência. Apenas cria mais conflitos e revoltas. Certa vez, assisti a uma reportagem sobre a cidade de Guarapuava, com seu presídio, onde os detentos trabalham na confecção de sofás. Além de aprenderem a uma profissão, participam dos lucros da venda destes. Exemplos assim mostram maturidade e transformam excluídos do sistema de trabalho em futuros profissionais autônomos.

Gostaríamos de não assistir mais notícias envolvendo o nosso cadeião. A cidade de Ponta Grossa cresceu demais nestes últimos anos. Os problemas cresceram juntos e disto não podemos jamais fugir. O reflexo aparece no alto índice de violência, assassinatos, tráfico de drogas e armas e outras coisas do gênero.

         Senhores futuros administradores municipais, a cidade precisa pensar melhor e dar qualidade de vida e renda ao seu cidadão. A geração de empregos, é o melhor e mais curto caminho, para diminuir significativamente o número de pessoas presas. E se, não temos o poder de controlar o impulso criminoso, que possamos então controlar, a falta de investimentos, neste setor de segurança. É para pensar e mudar atitudes.

 

Emerson Pugsley é cidadão ponta-grossense

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