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Um professor para o MEC

Mario Eugenio Saturno*

 

No Brasil, quiçá no mundo todo, cargos de primeiro escalão do governo são ocupados por políticos. Até que não seria nada extraordinário se o PT, no comando do país há dez anos, não inovasse e povoasse os escalões inferiores com militantes sem nenhuma vocação. Falo isso com experiência, fui petista por muito tempo.

O que acontece no Ministério da Educação e Cultura (MEC) é um absurdo sem tamanho. O pior é a companheirada tentar justificar o injustificável. Se não bastasse o ex-ministro Haddad que não conseguiu fazer bem nenhum Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), agora o ministro Mercadante comete erros ainda piores.

Veja-se o último Enem. As melhores redações, nota máxima, apresentam erros graves de português. Palavras escritas com erros de grafia como “rasoável” (o correto é razoável), “enchergar” (enxergar) e “trousse” (trouxe) apareceram em textos que obtiveram nota 1.000. Há também erros de concordância em algumas redações.

Em nota do MEC, as coordenadoras pedagógica do exame, que são professoras da Universidade de Brasília e doutoras em linguística, esclarecem que a análise do texto é feita como um todo, e que eventuais erros de grafia não significam que o aluno não domine os padrões da língua. Uma redação pode ser nota 1.000 mesmo apresentando alguns erros.

Sei não, quando eu era aluno, nos anos 70, nota 10 significa isso mesmo: DEZ, sem nenhum errinho! Agora, na visão turva do PT, 6,9 de antigamente pode ser DEZ! O aluno que acerta tudo recebe a mesma nota que aquele que acertou QUASE tudo. Isso explica porque muitas escolas despontam nas notas de português, mas vão não tão bem em redação, e vice-versa.

Isso é uma inovação do 1984 de George Orwell, além da novilíngua, o governo do PT criou a noviaritmética. E dá-lhe propaganda para convencer os milicianos da bolsa-família que o país tem um governo fantástico.

Isso até explica o porquê do chilique de alguns ministros contra os técnicos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que divulgaram o, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 187 países, classificando o Brasil com nota 0,730 (a escala vai de 0 a 1), em 85º, mesma posição de 2011. O líder é a Noruega, com 0,955 pontos. O PNUD não assiste à propaganda governamental, baseia-se em números oficiais.

Se houve uma melhora do país, por que não melhorou a classificação? Simples! Os demais países também melhoraram… Ou seja, não houve revolução petista nem no social, nem no econômico e muito menos na educação. Bolsa-esmola, como o próprio Lula dizia antes de ser presidente, e sem porta de saída, como é atualmente, só serve para miliciar eleitores paupérrimos.

E com esse Enem, continuaremos com IDH atrás do Casaquistão (69º), e da Argentina (45º com 0,811). Por isso eu faço minha campanha: um professor para Ministro da Educação. Alguém que seja criativo, assim como foi um prefeito de Catanduva (nunca foi do PT), oito anos atrás, que com uma medida simples levou a medíocre educação municipal para a quarta posição dentro do Estado de São Paulo.

 

*Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

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