A Seleção Brasileira está prestes a entrar em campo para sua primeira apresentação na Copa do Mundo do Catar. O Brasil está no Grupo G como cabeça de chave, juntamente com as seleções da Sérvia, Suíça e de Camarões.
Os desafios de Tite
A estreia da Seleção Canarinho ocorre já na próxima quinta-feira, dia 24, contra a Seleção da Sérvia no Estádio Nacional de Lusail, com capacidade para 80 mil pessoas. E com seu bom desempenho nos últimos anos, somado ao fato que as seleções europeias andam tropeçando ou tendo que contar as lesões, os brasileiros estão no topo dos palpites e rankings dos especialistas e das casas de apostas de todo o mundo.
Entretanto, o Brasil não conquista uma Copa do Mundo há exatamente vinte anos e a busca pelo hexa não será uma tarefa muito simples, apesar de termos uma excelente seleção, com bons jogadores que além de possuírem boa técnica ainda tem experiência internacional.
Uma boa razão para explicar esse favoritismo é a fama que o Brasil tem de ser um time sempre competitivo e muito agressivo, com atacantes que marcaram a história do futebol mundial. E nesta Copa não será diferente.
A convocação de nove atacantes para nossa seleção causou estranheza pelo grande número, isso porque geralmente tínhamos nas convocações de 5 a 6 atletas para essa posição que seriam os dois centroavantes, os dois pontas direitas e dois pontas esquerdas.
Com o aumento do número de jogadores convocados autorizado pela FIFA (Federação Internacional de Futebol) que passou de 23 para 26 atletas, o técnico Tite decidiu levar mais três jogadores de ataque, ao invés de levar mais defensores ou meio-campistas.
Em toda a história da nossa seleção apenas em três oportunidades tivemos um número maior de atacantes na convocação.
Isso ocorreu em 1930, quanto tínhamos 11 atacantes e em 1938 e 1950 quando tivemos 10 atletas para essa posição. O que devemos levar e conta é que o futebol naquela época não era jogado da mesma forma que jogamos hoje.
Dentre esses nove atacantes talvez alguns sejam utilizados em outras posições. A decisão de Tite foi ocupar as vagas extras permitidas pela FIFA apenas com atacantes. No Catar teremos os seguintes atacantes à disposição do nosso treinador:
- Antony (Manchester United-ING)
- Raphinha (Barcelona-ESP)
- Richarlison (Tottenham-ING)
- Rodrygo (Real Madrid-ESP)
- Gabriel Jesus (Arsenal-ING)
- Gabriel Martinelli (Arsenal-ING)
- Neymar (Paris Saint Germain-FRA)
- Pedro (Flamengo-BRA)
- Vinicius Júnior (Real Madrid-ESP)
Dá para explicar que nossos jogadores podem jogar em múltiplas funções e talvez seja esse o motivo da escolha de tantos atacantes, já que cada um deles possui diferentes particularidades. Neymar mesmo, em sua terceira Copa, será o 10 também pela terceira vez, mas em campo desta vez terá uma posição mais central e livre, se aproximando do número de sua camisa.
Por exemplo, a convocação de Pedro foi uma dúvida até o último minuto, mas o atacante do Flamengo fez por merecer uma vaga não só pelo seu desempenho excelente nos últimos meses, sendo o artilheiro da Libertadores de 2022 conquistada do Flamengo, mas também por suas características. Pedro se aproxima mais do 9 clássico do futebol brasileiro, com jogo aéreo, trabalho de pivô e faro de gol.
Mas Pedro não deve ser titular, pelo menos é o que indica a numeração das camisas. O principal jogador de ataque, que carregará nas costas o número 9 que já foi usado por Careca e Ronaldo Fenômeno, além de outros craques, será Richarlison que parece ser a primeira opção de Tite para o comando do ataque.
Mas ainda há outras escolhas: Gabriel Jesus foi o 9 na Copa de 2018 e sabe fazer gols e ser complementar para os ataques velozes e a criação de jogadas, como já provou no Manchester City e também está mostrando no Arsenal.
Com nove atacantes, o favoritismo de basicamente todo o mundo e cinco estrelas no peito, o Brasil começa com moral a Copa. Mas o que importa mesmo é terminar com moral, no dia 18 de dezembro em Lusail.