Parte I
O momento eleitoral é propício às discussões e debates em diversas questões. Na segunda passada fortes ventos atingiram a cidade de Ponta Grossa e causaram diversos estragos e prejuízos, inclusive nas tendas da praça do parque ambiental e na antiga sede do Clube Guaíra, ambos espaços de responsabilidade do governo municipal. O que os candidatos e a população pensam sobre as áreas de risco e sobre a utilização dos espaços públicos na cidade como os parques e prédios públicos?
Considerando que as tendas foram danificadas, penso que é tempo para refletir sobre a continuidade ou não de tais objetos no meio da praça pública, diga-se, a principal praça da cidade. Refletir não importa na retirada ou manutenção das tendas, mas sim na discussão sobre a utilidade e a necessidade das tendas no meio de um parque ambiental. Bem, não tenho a pretensão de decidir sobre este ponto, nem minha convicção democrática de alta intensidade permitiria tanta ousadia.
De outro lado, penso que a decisão não deveria ser tomada por uma pessoa (ainda que eleita para representar os munícipes ou por grupo de pessoas, mas sim toda coletividade e/ou principalmente por aqueles que utilizam a praça (parque ambiental), ou apenas a vejam do interior dos seus veículos quando passam pela região. A linha seguida se coaduna com o processo e a teoria democrática participativa defendida por muitos autores e a cada dia mais presente na vida dos brasileiros e dos administradores públicos contemporâneos. Ademais, o parque ambiental é uma das uma das poucas áreas de utilização pública com certa estrutura em Ponta Grossa.
Que tal iniciar o processo de democratização e participação popular por uma audiência pública para a discussão sobre os espaços públicos, subsidiada por uma consulta ou pesquisa prévia com aqueles que utilizam o parque ambiental para saber as suas opiniões, preferências, planos e sugestões. Afinal, não são estas pessoas que mais utilizam os espaços públicos ou são apenas os administradores públicos?
Antônio César Bochenek, cidadão