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Para reformar é preciso planejar

O setor de reforma tem importante papel na busca pela redução do déficit habitacional brasileiro. Até 2024, o Brasil precisa construir cerca de 23,4 milhões de novas moradias para atender a essa demanda, segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas para a Construbusiness. Aproximadamente 35% do PIB da construção civil provêm do mercado de autogestão, que engloba gastos com novas unidades, ampliação e melhorias, além de reformas para conter a depreciação das moradias. Esse mercado tem grande potencial de expansão, pois o aumento da renda, acompanhado da melhora da distribuição de renda e da maior disponibilidade de crédito, fez com que milhões de famílias passassem a ter acesso a novos produtos e serviços.

Pesquisa encomendada pelo Clube da Reforma ao Instituto Data Popular constatou que, em 2011, aproximadamente 12 milhões de moradias passaram por algum tipo de reparo. Segundo os entrevistados, as reformas foram feitas para resolver problemas (35%), valorizar o imóvel (21%), melhorar a estética (21%) e aperfeiçoar o uso do espaço interno (17%), entre outras motivações. Para que a reforma não se torne uma dor de cabeça para o morador e o resultado esteja à altura da expectativa, algumas orientações são de grande valia. A primeira delas é o planejamento. A pessoa deve elencar necessidades e verificar quais áreas são prioritárias. Uma dica valiosa é realizar a reforma de um cômodo por vez –– fica mais fácil de administrar e acompanhar o andamento da obra. Um planejamento orçamentário rigoroso evita surpresas e proporciona mais economia. A pesquisa aponta que 59% das pessoas que realizaram reformas no último pagaram a compra de materiais de construção à vista.

Mão de obra é outro quesito que merece bastante atenção. Ao contrário do que muita gente imagina, três quartos dos proprietários ou locatários de imóveis usarão profissionais conhecidos ou indicados para tocar as obras – 10% deles contratarão empresa de construção. Somente 14% dos imóveis serão reformados pelo próprio morador, por um vizinho ou pelo sistema de mutirão. O proprietário do imóvel é quem deve contratar a mão obra e deixar bem claro o serviço solicitado. Contrate um profissional capacitado e peça auxílio na hora de orçar o material que será utilizado. A pesquisa do Clube da Reforma mostra que essa é uma das grandes preocupações do brasileiro na hora de decidir reformar a casa: 79% dos entrevistados preferem contratar profissionais conhecidos e com boa referência no círculo social.

Para a maioria das pessoas, economizar é a palavra de ordem em qualquer reforma. Em média, os brasileiros estão dispostos a gastar R$ 4.445. Mas tudo depende de quem dá a palavra final, pois os homens têm expectativa de gastar R$ 3.603 nas reformas, enquanto as mulheres preveem gastos de R$ 5.250. A mulher, de acordo a pesquisa do Clube da Reforma, é quem está disposta a gastar mais, principalmente com artefatos de decoração. O homem é o responsável pela contratação da mão de obra e pela compra dos materiais que garantem a estrutura da obra.

Bom planejamento de prioridades, orçamento controlado, profissionais qualificados e materiais de qualidade ajudam o morador a melhorar seu espaço com mais segurança e tranquilidade. A casa é o refúgio e a proteção da família e é sinônimo de qualidade de vida.

 
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Carina Saito é arquiteta e gerente de autoconstrução da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)

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