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O sucessor – Parte 1

A sucessão ao Poder Executivo em Ponta Grossa neste ano deverá entrar para a crônica política local, como uma das mais disputadas até hoje, pois nunca houve tantos pré-candidatos ao principal cargo público do município, e mesmo que digam que são poucos os realmente competitivos, convém destacar que nesta eleição, muito mais que nas outras recentes, não há favorito. Daí o suspense e a expectativa no ar.
Já foram conjecturadas todas as alianças possíveis, mas nada está definido, pois ninguém quer falar como candidato antes do momento que julga oportuno e muito menos eventual coligações que só devem ser sacramentadas a partir dos meses de abril e maio, quando adversários de ontem podem vir a serem os parceiros de amanhã, afinal no Brasil, coerência e programas de governo não são critério fundamental na formação de alianças. Ideologia e caráter então, nem se cogitam discutir. O foco continua sendo o tempo no horário eleitoral, estrutura partidária e recursos financeiros. O importante é alcançar o poder, custe o que custar. É o Lula fazendo escola. Isto valeu nas últimas eleições municipais, estaduais, e nacional, e continuará valendo enquanto a maioria dos brasileiros não exigir coerência política, rejeitando acordos meramente eleitoreiros.
Quanto aos pré-candidatos, desde já despontam nas pesquisas os deputados Marcelo Rangel, Plauto Miró e Péricles Holleben, seguidos pelos azarões Dr. Zeca, João Barbiero, Marcio Pauliki, João Carlos Gomes, Marcos Zampieri, Celso Sant’ana e Sérgio Gadini. Sendo que provavelmente alguns destes formem chapas, onde uns acabem saindo de vice, portanto, a menos que surja algum outro nome relevante neste contexto, é certo que o sucessor de Pedro Wosgrau Filho figure na lista acima.
Não tenho a pretensão de sugerir quem vai vencer o pleito, mas apresentar aos eleitores alguns pontos fortes e algumas vulnerabilidades de cada um deles, sem ressentimentos, nem favorecimentos a quem quer que seja. Minha torcida é para Ponta Grossa. Por uma eleição limpa, focada em ideias e projetos, sem baixarias, nem promessas megalômanas que nunca serão cumpridas. Em alto nível, do começo ao fim.
Inicio por ordem de colocação nas últimas pesquisas, com o deputado estadual Marcelo Rangel, que tem a seu favor uma carreira política até aqui, vitoriosa. Participou de duas eleições e obteve êxito em ambas, apresentando inclusive um significativo incremento na sua votação entre uma e outra. Também conta com o apoio do irmão, o deputado federal Sandro Alex que fez expressiva votação na última eleição para prefeito. Rangel teve atuação destacada na CPI dos Leitos Hospitalares, onde foi feito uma grande radiografia’ da saúde no estado do Paraná, além de integrar a base de apoio do atual governador Beto Richa. Tem contra si, o voto a favor ao Tarifaço do DETRAN, onde foi aprovado um reajuste de até 271% em algumas tarifas, demonstrando cega obediência ao governador. Vale lembrar que o deputado Plauto Miró também votou a favor deste absurdo. Outro ponto que deverá ser cobrado de Rangel é o fato do seu irmão, Sandro Alex, quando candidato em 2008, ter defendido abertamente, inclusive em debates na TV, que o deputado Jocelito Canto deveria cumprir o seu mandato como deputado estadual, mantendo-se na Assembleia para contribuir com a nossa cidade. Não há dúvidas de que isto será explorado pelos seus adversários durante a eleição.

Sandro Ferreira. Cidadão de Ponta Grossa

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