Por Gilmar Denck
Quando o sapiens foi criado, ou evoluiu (a gosto de tua crença), Deus ou as forças do universo (também a gosto tuas crenças) dotou o com competência para dominar o mundo e ao que tudo indica também o universo.
Perceba tudo o que podemos e estamos fazendo e que não é pouco. Entretanto, nem todos percebem a força que têm e como ela funciona. Ao que parece fomos dotados desta capacidade, mas para que tudo aconteça são necessários três elementos e que devem estar presentes ao mesmo tempo e na mesma intensidade. Tudo funciona com eles, sem eles é só perda de tempo e devaneio. É simples, veja o funcionário, com perdão ao trocadilho, mas um funcionário só funciona se ele quiser, saber e poder. Assim como em todas as coisas que planejamos fazer.
Querer, saber e poder. Não conseguimos nada quando não queremos. Um funcionário não vai a lugar nenhum se não quiser, por isso vivemos criando programas de incentivos. E não basta querer, pois para fazer algo é necessário conhecimento e habilidade, é preciso saber fazer. Tentar é apenas uma etapa do aprendizado. E assim mesmo, se alguém quiser fazer, souber fazer, mas não ter o poder para realizar, nada acontecerá.
Quantos ambientes de empresas e organizações você conhece que estão repletos de talentos, mas nada fazem porque não tem permissão para errar? Ou seja, se não tiverem sido empoderados, nada farão a não ser seguir cartilhas de repetição que só servem para linhas de produção em série. Quantos projetos são criados por mentes brilhantes no baixo escalão, carregados de desejos de realizar, carregados de conhecimento, mas que são subjugados pelo poder imperante por que muitas vezes estes projetos não atendem os desejos pessoais daquele que detém o poder? Na prática, o que fazer para poder realizar?
Ora, primeiro analise se é isso que realmente quer. Verifique o conhecimento necessário. Se não possuir, busque, ou traga alguém que saiba para querer contigo, e por último, obtenha autorização para poder realizar. Neste último quesito, se trabalhar para uma empresa ou organização, o poder está no chefe. Tem que trazê-lo para o querer junto, não apenas apresentar, percebe a diferença? Se o projeto é para a comunidade, ela será o teu foco. Já se o projeto é para a cidade, teu foco é o prefeito e assim por diante.
Assim, perceba que quanto mais pessoas você conseguir envolver no desejo maior será a força do projeto (eis a força do associativismo), porém o aumento da força de um elemento jamais eliminará a necessidade do outro elemento. Não adianta ter milhões de pessoas desejando se o poder não desejar (veja história de mandatários da nação). Também não adianta ter milhões desejando, ter o poder a seu lado, mas não saberem o que ou como fazer (veja história recente da nação).
Por fim, reflita: como você gostaria de ser lembrado? Ao responder, esta pergunta vai te levar a aquilo que você quer. Assim, verifique se sabe ou se tem a teu lado quem sabe, sem esquecer de obter a chancela de quem detém o poder. Boa sorte, e como diria Walt Disney, “se você pode sonhar, você pode realizar”. O caminho existe, vamos trilhar.
O autor é empresário com 30 anos de experiência em associativismo. Formado em Filosofia e Administração