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O dia a dia de Ponta Grossa

  Entre nuvens acinzentadas e alguns traços do sol, que poderá ou não aparecer no céu, saio todos os dias de casa, em direção ao meu trabalho. Subo no ônibus e vou observando a rotina de uma cidade, em mais um dia de atividades. Os alunos e alunas, com seus uniformes diferenciados e mochilas nas costas, em direção ao templo do saber, na busca de um futuro melhor.

         Entre ruas bem pavimentadas surgem os calçamentos esburacados, os quais nos fazem tremer inteiro. As buzinas mostrando motoristas impacientes e apressados, todos rumo a suas cotidianas rotinas.

         No grande hospital central ambulâncias e pacientes aguardando atendimento. Rostos tristes e pálidos, de pessoas que buscam a cura de suas dores ou de seus familiares e amigos. Quantos e quantas, que só fazem a viagem de vinda, e não retornam mais para as suas casas.

         Na praça cortada pela rua crianças já brincando no parque, enquanto os pombos-correio fazem as suas bonitas revoadas. Alguns fiéis cedinho buscando a bonita igreja. A fé se faz presente com esperanças de uma vida melhor. O senhor de idade e cabelos branquinhos buscando algo que lhe possa ser útil dentro da lixeira. Sinal de miséria e desigualdade social.

         Alguns correndo na padaria buscar o pão nosso de cada dia ou um lanche rápido. É a fome física precisando ser saciada rapidamente, pois o horário passa de forma ágil. Outros começando mais um dia de expediente no comércio. São os molhos de chaves ganhando espaço.

         Nos pontos de ônibus metalizados, todos buscando o primeiro lugar da fila, pois os veículos lotados levam passageiros espremidos. Que trajetos difíceis para a população, a qual não tem outra solução, a não ser se conformar.

         No imenso mercado, até em seu nome, funcionários trocam propagandas. São as ofertas do dia, para a cidade realizar suas compras. E no famoso parque ambiental pessoas fazendo a sua caminhada diária, em meio ao lixo e pedras soltas da calçada judiada. Isto sem falar nos cachorrinhos abandonados, que correm de um lado para o outro, tentando achar talvez, alguém que os alimente ou cuide.

         Então chego no terminal central e desço do amarelo ônibus. Subo as escadas e saio novamente para a rua. Então percebo que vivemos em tempos de reforma daquele local. Pastilhas sendo substituídas e calçadas novas. O dinheiro da população sendo investido bem no centro de Ponta Grossa. A rua fechada mostrando que em instantes os congestionamentos estarão presentes.

         Atravesso a avenida principal e do outro lado percebo a completa sujeira e descaso com o meio ambiente. O lixo de vidros quebrados, papel, embalagens e outras coisas também. É a falta de educação da juventude principalmente.

         Esta é a cidade na qual moramos e vivemos em mais um dia de vida.

         Amanhã tudo novamente começará…

 

 

Emerson Pugsley é cidadão ponta-grossense

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