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Nova Ferroeste traz mais desenvolvimento ao Paraná

João Vicente Bresolin de Araújo

 

O setor ferroviário paranaense passará por uma grande transformação e ampliação em 2014. A nova Ferroeste, conquista obtida pelo Governo do Paraná em parceria com 18 entidades de classe, já tem traçado definido entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, até Engenheiro Bley, na Lapa. E em breve, será concluído o projeto do ramal que liga até o Porto de Paranaguá e a futura zona portuária de Pontal do Paraná.

A médio prazo, o Paraná terá uma ferrovia de mais mil quilômetros com capacidade de transportar cerca de 40 milhões de toneladas de grãos ao ano. Este volume – que supera a atual capacidade de transporte – representa quase toda a atual safra paranaense deste ano.  

A nova modelagem da Ferroeste está em discussão entre o Governo do Paraná e a União. Depois de 25 anos, a ferrovia – restrita entre Cascavel e Guarapuava – chegará ao Litoral, levando a produção do Oeste e de parte do Noroeste do Paraná, além das safras sul-mato-grossenses, mato-grossenses e paraguaias.  

Com isto, virão investimentos que somam mais de R$ 7 bilhões na modernização da ferrovia paranaense. O aporte será para aprimorar o atual traçado, construir novos trechos, além da aquisição de maquinários mais modernos.  

Hoje, as equipes técnicas da Ferroeste e da Valec / ANTT / EPL estão trabalhando juntas para viabilizar a nova ferrovia paranaense. Já existe projeto pronto dos primeiros 990 quilômetros no trecho de Maracaju até a Lapa. E o ramal de Lapa ao Pontal do Paraná será elaborado com rampas na Serra do Mar menos íngremes, dando mais velocidade às composições. Concluída esta etapa, o Estado e a União fecharão acordo para que as obras comecem já em 2014.

A ampliação da Ferroeste representa um salto na logística paranaense. A nova ferrovia será moderna, segura, produtiva e dotada de uma logística mais eficiente, com preços mais competitivos que vão influir na expansão dos mercados internacionais, proporcionando mais emprego e renda para os produtores. A economia vai beneficiar os produtores, aumentando a renda no Paraná.  

Na atual safra 2012/2013, o Oeste do Paraná faturou R$ 4 bilhões somente com soja e milho. Sem contar, a rentabilidade do setor avícola, que abate 4 milhões de aves abatidas todos os dias na mesma região. Esta lucratividade tende a ampliar, por ser o frete ferroviário mais barato que o rodoviário.

Outras vantagens da expansão da ferrovia, além da diminuição dos custos de produção, são a redução de tráfego pesado nas estradas e a redução de acidentes. Com menos caminhões, os gastos com conservação de rodovias também cai. A redução de poluentes irá beneficiar diretamente o meio ambiente.

Além disso, com a nova modelagem de operação do modal ferroviário que está sendo preparada pelo governo federal, haverá um incremento na concorrência entre os operadores ferroviários, com reflexos diretos na redução de preços do transporte no Estado. 

Esta nova modelagem da Ferroeste faz parte de uma visão sistêmica do governo Beto Richa. Ao mesmo tempo que se pensa em um modal ferroviário forte, a Secretaria de Infraestrutura e Logística trabalha para modernizar portos, bem como as rodovias. Assim, a grande produção que virá pelos trilhos será absorvida pelos portos, escoando tudo com rapidez e eficiência.

 

O autor é presidente  da Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A.

 

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