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Falta investir mais na Atenção Básica de Saúde

Falta investir mais na Atenção Básica de Saúde

 

Vereadora Professora Ana Maria B. de Holleben

 

O Programa Estratégia Saúde da Família, do governo Federal, veio para suprir uma importante demanda no setor e tem mudado pra melhor a situação das famílias empobrecidas. Agora, elas têm a garantia de acesso a serviços que lhe garantem mais conhecimento e, assim, conseguem perceber como podem prevenir doenças, resultando em mais qualidade de vida.

Além disso, alguns estudiosos calculam que para cada real investido em prevenção, economiza-se três reais na reabilitação de pessoas doentes. Isso significa que a boa gestão do dinheiro público pode, além de melhorar a vida das pessoas, redundar em menos custos ao Estado.

Mas o programa Estratégia Saúde da Família também passa pela gestão municipal e deve receber a garantia mínima das condições para que os profissionais, médicos e agentes de saúde, possam desempenhar suas funções de maneira adequada.

O novo secretário de Saúde Municipal, Edson Alves, se comprometeu, quando assumiu recentemente o posto, em substituição a Winston Bastos, que trabalharia para melhorar o sistema de atenção básica. O voto de confiança ao novo secretário está dado e espera-se que ele consiga cumprir com esse objetivo.

A cidade de Ponta Grossa conta com um bom número de leitos hospitalares, mas eles não estão sendo suficientes para a demanda existente. O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Leitos do Sistema Único de Saúde, feito pelos deputados estaduais, mostra que há negligência no atendimento médico, principalmente por parte de profissionais de empresas terceirizadas, que não cumprem a carga horária. Se a prefeitura contratou, que fiscalize o funcionamento.

Como se isso não fosse grave o suficiente, ainda temos o caso do Hospital Regional, uma imensa estrutura que ainda não funciona plenamente e, ao passo que anda, não se sabe quando isso vai acontecer.

Sendo assim, já que não conseguimos resolver plenamente a questão dos leitos, faz mais do que necessário a coordenação adequada dos Centros de Atenção à Saúde e de maiores garantias para os médicos do programa Estratégia Saúde da Família. Um bom trabalho realizado através desse atendimento vai diminuir a procura por leitos, assim como poupar os impostos dos contribuintes, podendo assim investir em mais tecnologia para cuidar de procedimentos mais complexos, tanto para reabilitação quanto para prevenção.

Registre-se que o sistema de saúde é o maior desafio para os governos atualmente e não se trata de culpar a quem quer que seja pelas mazelas do setor. O que pretende-se é mostrar o diagnóstico para que todos, juntos, possamos buscar saídas para melhorar, não importando a cor partidária.

No entanto, o que não se pode mais admitir é que a saúde da população, ou a falta dela, seja pretexto de campanha política e que salvadores da pátria apareçam a todo instante prometendo resolver de uma vez o problema.  É preciso entrar na modernidade e esquecer as fórmulas mágicas da Idade Média, pois o sistema de saúde pública vai funcionar quando todos fizerem a sua parte.

 

A autora é vereadora em Ponta Grossa

assessoria.anamaria@gmail.com

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