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Dia dos Pais incrementa comércio

Darci Piana

O comércio varejista espera movimento adicional nesta semana, véspera do Dia dos Pais. Apesar do momento de instabilidade econômica do país, uma sondagem de intenção de consumo feita pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR) aponta que 71% dos consumidores curitibanos pretendem presentear o pai. O Dia dos Pais está entre as cinco datas de maiores vendas do varejo, que incluem também o Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Páscoa e Dia dos Pais. E todos têm em comum o apelo sentimental, um forte argumento para o consumo.

Os produtos que apresentam grande potencial de vendas são roupas e calçados, escolhidos por 57% dos entrevistados. Em seguida vêm os eletroeletrônicos, celulares, produtos de informática e perfumes. O setor de turismo e gastronomia também recebe um estímulo extra nesta época, pois há aqueles que preferem presentear o pai com uma viagem ou um almoço especial no segundo domingo do mês de agosto.

A pesquisa da Fecomércio PR revelou também que a maioria dos consumidores, 46%, vai gastar entre R$60 e R$100. Outros 32% planejam despender entre R$20 e R$50 no presente e 22% vão desembolsar acima de R$100.

Mesmo com a disposição de comprar manifestada pela população, o crescimento nas vendas neste Dia dos Pais deve ser menor, da mesma forma que nas demais datas comemorativas do varejo já ocorridas em 2013. A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que a alta do faturamento do setor fique na faixa dos 4,9%, praticamente a metade do desempenho do ano passado, que foi de 9% no Paraná.

A inflação e a taxa de juros em patamares superiores aos de igual período de 2012, juntamente à alta do dólar, guilhotinam a performance do comércio. Outras limitações no ambiente econômico brasileiro, tais como a fraca expansão do emprego, a inadimplência e o esgotamento da capacidade de compra dos consumidores contribuem para compor um ambiente tímido para as vendas. Essa sutil retração do mercado reflete na postura dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, que estão receosos quanto ao rendimento para o segundo semestre deste ano. Recentemente a Fecomércio PR ouviu a opinião dos empreendedores paranaenses e a maioria das respostas mostrou que as expectativas ainda são positivas. No entanto, esse foi o pior índice registrado em onze anos de pesquisa.

O cenário econômico brasileiro já teve dias melhores, mas, por enquanto, não há motivos para pânico. De modo geral, o comércio continua a crescer, um pouco tímido, de fato, mas preparado para suportar eventuais adversidades. Sob a luz de alerta que começou a piscar em todo o país, é preciso ter em mente que desaceleração é diferente de estagnação. O ritmo da economia mostra sinais de enfraquecimento, porém, o setor produtivo se esforça para não deixá-lo parar definitivamente.  

O autor é presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná

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