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Ciberbullying, janelas abertas

Maria Margaret Lopatiuk*

 

Ainda que a internet signifique abertura de infinitas janelas para o mundo e facilitadora da comunicação de uma forma ampla; e disponibilidade em tempo real e total, pode também ser a visão de paisagens que pairam no abismo e deflagram ações semelhantes a relâmpagos ocos. São ferramentas, que possibilitam a integração do cotidiano das pessoas, dando falsa impressão da utopia da igualdade.

Do mundo virtual, fantasmas libertam-se tomando forma real. São perceptíveis ações que em momento algum podem ser vistas somente como brincadeiras inocentes. Pois para quem sofre com provocações ou ainda o isolamento por não ser aceito pelo grupo, carregam sentimentos negativos e angustiantes que o acompanharão por toda vida. Na internet as conexões com o mundo real são cada vez mais estreitas, por mais que o contato seja virtual, paralela é a vida real, sendo praticamente impossível separar a realidade da fluidez virtual.

Especialistas sobre o assunto alertam para questão do ciberbullying como sendo um assunto a ser encarado com seriedade. As agressões que acontecem entre os alunos em hipótese alguma podem ser vistas tão somente como brincadeira sem importância. Assim, para a prevenção se faz necessário o envolvimento de todos, inclusive do aluno para garantir conscientização de que o problema existe e não há como ficar omisso. Impossível não se importar com o impacto que o fenômeno do ciberbullying provoca. Virtualmente o bullying é capaz de ser muito mais cruel que o praticado cara a cara, pois pode atingir um grande público instantaneamente.

A internet não é um lugar onde se devam extravasar emoções irracionais, pois esse é um campo impossível de manter-se tão somente no mundo virtual. E comportamentos relacionados ao ciberbullying, que ofendem, denigrem e capazes de despertar a fúria rapidamente, são inaceitáveis tanto na vida real quanto na virtual. 

A internet é um campo minado extra muro escolar ou mesmo do próprio lar, as informações e, neste caso humilhações, xingamentos, agressões virtuais, etc., circulam com grande facilidade e numa rapidez indeterminável que vitimam crianças e adolescentes numa proporção real.

Na agressão on-line, o agressor tem mais liberdade de ação sem a necessidade de identificar-se, permitindo-lhe assim maior grau de perversidade em sua prática. Pode-se dizer que nessa modalidade o agressor tem liberdade para criar falsos perfis em redes sociais, ainda roubar senhas e assim agir sob a proteção das sombras e espalhar boatos, fotos fabricadas e recados maldosos, dentre tantos outros. Não raro, a criança ou adolescente que sofre com essas práticas perversas carrega consigo fragmentos alusivos, transformando-se em adulto isolado e sem autonomia.

Diante da brevidade e velocidade dos acontecimentos, impossível manter-se passível ou deixar reticências nesse caminho virtual que deixa fantasmas soltos vitimizando crianças, adolescentes e a sociedade como um todo.

Nesse contexto, retoma-se a importância de ações conjuntas envolvendo pais, professores e demais envolvidos no processo pedagógico a fim de eliminar um panorama sintético nas questões discutidas.

 

*Graduada em administração, pedagoga, especialista em gestão de recursos hídricos, especialista em mídia, política e atores sociais e psicopedagoga

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