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Chegou a hora de trabalhar!

Caio Graco de Campos

Passados os seis primeiros meses do atual governo de Ponta Grossa, pouca coisa há que se comemorar. Dentre as causas estão, de um lado um Poder Executivo ainda debatendo-se com a herança deixada pelo ultimo prefeito, a saber: dívida elevada, obras mal acabadas, serviços de saúde precários, suspeitas no contrato com a empresa do transporte público, e porque não dizer, com a pouca experiência administrativa, previsível porém, não justificável. De outro lado um Poder Legislativo mais ocupado em dissipar vícios históricos de ordem ética e tão sedento por embates pouco producentes e de viés meramente oposicionista e partidário que, esquecendo-se do seu papel principal que é fazer leis e fiscalizar os atos do prefeito, acaba não fazendo a contento nem uma coisa e nem outra.

Tudo isso acontecendo num momento crucial pelo qual passa a Nação. Ainda que seja uma tarefa difícil, o momento exige uma trégua para ajuste de conduta. Requer moderação, diálogo, consenso entre Vereadores e Prefeito com vistas a dar respostas satisfatórias aos anseios tão amarguradamente contidos e agora extravasados pelo povo. Falamos de desejos não somente restritos a áreas como segurança, saúde e transporte público, por exemplo, mas de políticas públicas que promovam boas condições e mais qualidade de vida para a população como um todo, e especialmente àquelas tão marginalizadas e esquecidas pelos políticos. A gente não quer só comida! Lembra bem a canção. O povo quer lazer, cultura, educação para a cidadania e principalmente, uma cidade da qual possa se orgulhar e assim elevar a sua autoestima.

Nesse sentido, o desafio mais importante para a administração pública, capaz de fazer diferença, é despertar e atender aos desejos conscientes e inconscientes da comunidade. O desejo de morar em uma cidade mais limpa, por exemplo. Apesar de o município pagar mensalmente R$800 mil para a empresa responsável pela coleta de resíduos sólidos, Ponta Grossa é uma cidade suja. Ainda que a companhia divulgue o contrário em seu site.

A falta de regulamentação clara sobre o manejo correto do lixo, que leve em consideração horário, dia da semana, local e forma de acondicionamento adequado, somadas à elevada população de cães e gatos abandonados e dias chuvosos, só tende aumentar o problema. A insuficiência e precariedade tanto de leis quanto de fiscalização eficiente que deveria de uma vez por todas responsabilizar e punir os maus cidadãos, funciona como licença para emporcalhar a nossa cidade, onde o espaço público parece não ter dono.

Assim, dia após dia, a Princesa dos Campos amanhece cada vez mais suja. Desafia-se aqui qualquer pessoa que encontre nas ruas da cidade uma única caçamba coletora de resíduos de construção lotada cem por cento com esse material. A regra geral é a mistura de lixo orgânico, plásticos, metais, sucatas eletrônicas, móveis velhos, lâmpadas, etc. Fica aqui a pergunta a quem interessar: Qual o destino desses resíduos? Com a palavra, as autoridades do município.

 

 

O autor é cidadão ponta-grossense

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