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Benefícios das Adaptações Fisiológicas ao Exercício

Foto: Ilustração

A prática regular do exercício é essencial para a saúde em todos os estágios da vida, desde os primeiros passos na infância até a mobilidade na terceira idade.

A Fisiologia Humana estuda as funções e processos que acontecem no nosso organismo. Investiga como os sistemas e órgãos do corpo trabalham individualmente e em conjunto para manter a homeostase, ou seja, o equilíbrio interno necessário para o funcionamento do organismo.

A fisiologia humana se adapta a diferentes situações de várias maneiras para garantir que o corpo possa lidar com as demandas do ambiente e manter a homeostase. Como exemplo, quando o corpo é exposto a condições de temperatura ambiente muito alta ou baixa, ele se adapta para regular sua temperatura interna. Quando está quente, os vasos sanguíneos na pele se dilatam para dissipar o calor e o corpo transpira para resfriar a pele por evaporação. Em contraste, quando está frio, os vasos sanguíneos se contraem para conservar o calor e o corpo aumenta a produção de calor através do tremor muscular.

Essas adaptações fisiológicas que acontecem no funcionamento do nosso organismo podem ser momentâneas, como no caso descrito acima, ou permanentes, quando o indivíduo realiza exercícios regulares, que vão provocar mudanças no funcionamento normal do organismo.

 “O normal passa a ser diferente pois o exercício provoca alterações benéficas no nosso prganismo, que fazem com que os órgãos e sistemas funcionem com maior eficiência”. Como exemplo: a frequência cardíaca considerada normal  em um adulto gira em torno de 70 bpm (batimentos por minuto) em repouso; em uma pessoa que já “sofreu” uma adaptação fisiológica no músculo cardíaco em razão da prática regular do exercício, a frequência cardíaca é considerada normal quando está em 50 bpm em repouso. Essa adaptação faz com que o seu coraçao bata com mais força e menos vezes, cumprindo sua função que é de mandar sangue pra todo o corpo, e gastando menos energia. Ou seja, o coração de alguém que faz atividade física regularmente trabalha menos e com mais eficiência. Para uma pessoa sedentária, o registro de 50 bpm em repouso pode ser patológico, pois essa redução “anormal” dos batimentos cardíacos não acontece porque o músculo está mais forte e sim por uma situação de alteração patológica no funcionamento do organismo desse indivíduo.

As adaptações fisiológicas ao exercício mostram como o corpo reage de maneira complexa para se tornar mais eficiente e resiliente diante das demandas físicas impostas pelo treinamento regular. Fortalece o coração e os vasos sanguíneos, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, como doenças cardíacas e acidente vascular cerebral. 

O exercício aeróbico como caminhada e bicicleta, ajuda a queimar calorias e a manter um peso saudável, reduzindo o risco de obesidade e suas complicações associadas, como hipertensão arterial e doenças articulares;  libera endorfinas que são neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar, reduzindo o estresse, a depressão e a ansiedade.

Os exercícios de resistência e carga como musculação, fortalecem os músculos e os ossos, reduzindo o risco de osteoporose e melhorando a postura e a mobilidade. 

Durante o exercício, o corpo libera hormônios como a adrenalina e o cortisol que aumentam a disponibilidade de energia. Com o tempo, o exercício regular causa adaptações hormonais que promovem o equilíbrio metabólico, resultando em melhor controle do peso corporal, regulação do açúcar no sangue e redução do estresse.

Ainda, a atividade física está associada a uma melhor função cerebral, incluindo a memória e a concentração, além de reduzir o risco de declínio cognitivo relacionado à idade.

Em suma, as adaptações fisiológicas provocadas pelo exercício contínuo e regular, são  parte essencial de um estilo de vida saudável. Incorporar atividades físicas regulares na rotina diária não só traz benefícios físicos, mas também promove um bem estar geral, tanto físico quanto mental, necessário para uma vida longa e saudável.

*Sobre a autora:

Fisioterapeuta (PUC/PR-1996)

Mestre em Fisiologia do Exercício (UNIFESP/EPM2003)

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