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As nossas feiras de verdade, onde estão?

 

No último domingo, juntamente com a minha família, fui visitar a Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa (Efapi), no Centro de Eventos de Ponta Grossa. A expectativa era muito grande, pois a propaganda é a alma do negócio. Chegando lá, fomos estacionar o veículo. Então me informaram que o estacionamento custava R$ 10. Por este valor, o visitante merecia sombra e água fresca, mas ganhou um verdadeiro deserto, repleto de poeira, lixo, ausência de árvores e muitos buracos e pedras.

Então nos dirigimos para o grande pavilhão. Observamos os expositores, a dedicação de cada um nas diferentes áreas e serviços oferecidos, com muitos produtos para serem comercializados.

Fomos então para a praça de alimentação. O que gostaríamos de comer, era só depois de meia-hora de espera. Então desistimos de esperar. Resolvemos ir embora. Mas para pagar o estacionamento, uma verdadeira maratona. E o pior, nem mesmo os expositores sabiam aonde eu efetuaria o pagamento. Foi então, que descobri que o guichê estava localizado na rua dos fundos, próximo ao parque de exposições de animais.

Paguei e caminhei tudo novamente até o meu veículo. E o pior, no sol quente. Quanta saudade daquelas exposições do passado, com organização, facilidades ao visitante e envolvimento de todos. Penso ser coisa da história.

Algo precisa ser feito para aproximar os espaços de animais expostos e os outros produtos. Compreendo que aproveitem o ambiente do Centro de Eventos, mas ao meu ver é uma péssima ideia, pois a distância fica muito grande entre eles.

Eu penso que o nosso sonho de uma exposição de verdade voa dentro de um helicóptero para longes lugares, e some no barulho da música alta do parque de diversões.

Temos uma linda exposição de flores, de belezas ímpares e perfumadas. Mas o local escolhido para realizar o evento é horrível. Difícil encontrar um estacionamento, de caminhar entre cercas e ônibus, fatores estes, que na maioria das vezes ao invés de aproximar a população, somente afasta.

E volto ao assunto da Feira do São José. Não me conformo que aquele lindo espaço foi demolido. Ao contrário, deveria ter sido valorizado, cuidado e protegido. Poderia ser um espaço do artesanato, de convívio com diferentes pessoas, local de encontro aos finais de semana e do dia. Mas a falta de visão leva sempre ao mais fácil.

E a nossa feira do produtor da Avenida Benjamin Constant? Ao meu ver, um espaço excelente, para todos aqueles que buscam produtos fresquinhos, direto de quem os produz. Mas poderia ser melhor estruturada, valorizar quem passa diversas horas embaixo daquele telhado de zinco quente, ou na umidade da chuva.

Estes são somente alguns exemplos. Temos muitos outros. Fica o desafio a todos aqueles que pretendem governar a nossa cidade. Olhar para as feiras e fazer a diferença através delas. É para repensar atitudes!!!

 

Emerson Pugsley é escritor

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