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Ação e reação do futebol

Igor Ruan Dias Gonçalves

 

 

O futebol é incluído hoje em dia como fator cultural, pois se encontra num estado de abrangência social muito grande, a maioria da população segue essa tradição. Do ponto de vista analítico, que tange o lado lógico da educação, nos encontramos num viés, pois o futebolismo é considerado como cultura por ser tradição de massa, mas excludente disso por ser oposta ao processo de desenvolvimento crítico dos expectadores, ou seja, o futebol ultrapassou o limite da culturalização aceitável, que seria a prática do esporte com finalidades de bem-estar social, de saúde, de estabelecer uma condição saudável de vida pela prática, tornando-se um estado social de agitação, muitas vezes, em alta percentagem, retrógrada ao comportamento e desenvolvimento lógico, agindo antagonicamente à educação.

 A cultura do futebol tem se disseminado como uma epidemia, não se restringindo à imunidade, mas à moralidade, sendo passada de geração a geração e se estabelecendo em todas as faixas etárias.

O problema não é o esporte futebol, mas o que as pessoas fizeram do esporte, a culturalização, como cultuam essa prática, passando de prática desportiva para agitação, agressividade por parte dos torcedores, irritabilidade, estresse, rivalidade, fazendo com que as discussões dos jogos e partidas perdurem por mais tempo que o necessário. I

sso caracteriza uma situação importante e que precisa de atenção, pois tende a uma condição de alienação das pessoas ao tema, muitas vezes dispensando o tempo com debates irrelevantes e desincorporador de algo que poderia muitas vezes ser útil em argumentar. O futebol se tornou um pão e circo tradicional de todas as semanas, que distrai a população com assuntos públicos que poderiam ser pensados e refletidos, desviando a atenção de moléstias sociais como corrupção, economia, leis públicas, saúde, violência e aplicando ao imperativo do esporte limitado.

Entendo que muitos podem dizer “eu gosto de futebol, e daí?”, mas compreendo também a condição de que o aprendizado mantido desde a infância coloca uma venda nos olhos por inibir o espírito crítico-reflexivo, discordando de minha posição. O Brasil não cresce pelo futebol, decresce ou, no mínimo, estaciona. Até nisso a educação tem papel importante, basta atenção.

 

 

O autor é acadêmico do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa

 

 

 

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