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A Polícia Civil e o delegado de polícia

Matheus Araújo Laiola

 

 

Na infância, quem nunca brincou de polícia e ladrão, médico, professor…?

Algumas crianças apenas fizeram de conta que eram policiais; outras fizeram dessa brincadeira uma profissão, um ideal. É o caso de vários Delegados de Polícia, dentre os quais me incluo.

Diversamente da Polícia Militar, que é a Polícia responsável por prevenir que um crime aconteça, a Polícia Civil é a responsável por investigar um crime já praticado.

Os cargos existentes na Polícia Civil são os de Delegado de Polícia, Escrivão,  Investigador e Papiloscopista.

O Escrivão de Polícia é o responsável por secretariar os procedimentos criminais realizados na Delegacia de Polícia. Ele auxilia o Delegado de Polícia a reduzir a termo as versões prestadas pelos envolvidos.

A nomenclatura Investigador de Polícia é auto-explicativa, é ele quem vai à rua para colher elementos/provas de um determinado crime. Papiloscopista é o policial responsável em trabalhar com a identificação humana.

O Delegado de Polícia é o chefe de uma Delegacia, responsável por presidir as investigações criminais. Além de investigar, ele é o gestor de toda a estrutura da Unidade Policial.

Para se ingressar na Polícia Civil, obrigatoriamente é necessário ser aprovado em concurso público.

No Paraná, para os cargos de Escrivão, Investigador e Papiloscopista, indispensável o candidato ter curso superior.

No caso de Delegado, em qualquer Estado no Brasil é necessário ser Bacharel em Direito, sendo assim considerada uma carreira jurídica, juntamente com Juiz de Direito, Promotor de Justiça, Procurador do Estado e Defensor Público.

A característica indispensável para ser um Delegado de Polícia é saber agir com bom senso. Além do bom senso, necessário se faz ter um vasto conhecimento jurídico e ter o ideal de servir a sociedade.

Num passado não muito distante, quando se falava em Delegado de Polícia vinha na mente da população aquela figura folclórica, de uma pessoa sem cultura, mal vestido, com a camisa aberta, armamento ostensivo (à mostra) e mal educado. Hoje a realidade é outra.

Para se ter uma ideia, no último concurso para Delegado de Polícia no Paraná (realizado em 2007), a concorrência passou dos 200 candidatos por vaga, bem mais concorrido, por exemplo, que o Curso de Medicina na USP para 2011, que deu uma concorrência de 49,25 candidatos por vaga.

É certo que a principal característica da profissão é a falta de monotonia. A condução de uma investigação é a função mais dinâmica, exigindo perspicácia (o chamado tirocínio policial, daí a razão do Investigador de Polícia ser chamado de Tira) e a utilização de técnicas de investigação.

Talvez a situação mais gratificante do trabalho policial é quando, ao solucionar determinado problema de um cidadão, este, com toda a gratidão, diz obrigado e que Deus te abençoe.

Situação como essa é que move o policial no seu mister, servindo e protegendo a sociedade paranaense.

 

O autor é delegado de Castro, pós-graduado em Direito Constitucional, pós-graduado em Segurança Pública; pós-graduando em Gestão Pública; ex-Delegado da Polícia Civil em Minas Gerais.

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