Os nossos dias atuais estão escuros. A cada minuto, notícias vão chegando. A morte marcando presença e a vida ficando descartável. As pessoas de bem aprisionadas em suas casas, que mais parecem campos de concentração, com arames farpados, cerca elétrica, cachorros ferozes, vigilância monitorada e tudo o que tem de direito.
Tivemos recentemente uma campanha nacional do desarmamento. Mas o efeito foi ao contrário. As pessoas de bem ficaram desarmadas e os bandidos de plantão com munição pesada. São as contradições da presente realidade urbana e rural.
Até o próprio aniversário ou uma festinha de final de semana, pode rapidamente ser invadida por não convidados e os objetos de valor irão sumir em alguns instantes. Temos visto muitos arrastões ultimamente.
O comércio a cada segundo, sendo alvo dos marginais. Em alguns casos, o trabalho de uma vida toda, desaparece em fração de segundos. O desespero então ocupa o seu lugar na plateia. E quando os vigias tentam mostrar serviço, são rapidamente assassinados, como vimos semana passada, em um posto de combustíveis aqui de Ponta Grossa.
A juventude, futuro desta nação, literalmente afundada no lamaçal das drogas e dos vícios diversos, sem falar, da vida criminosa também. Roubam carros, assaltam a luz do dia e ainda querem ter razão.
Estou aqui escrevendo e lembrando da jovem assassinada na cidade vizinha de Imbituva, com apenas 19 anos. Segundo informações, o próprio namorado tirou a vida dela. Complicado entender, o significado da palavra amor, num caso assim. O que leva uma pessoa, a cometer um crime desta natureza? Pessoalmente não sei.
Ao abrirmos um jornal ou ligarmos a televisão ou rádio, até parece que vai escorrer sangue da tela ou do papel. E o que dizer dos estupradores de plantão, os quais machucam, deixam traumas para o resto da vida e ainda aparecem sorrindo na foto? São pessoas perturbadas, que não podem mais viver em sociedade, pois perderam o rumo da dignidade e do respeito ao próximo. E pior ainda, quando este indivíduo é um pai, irmão ou parente próximo. São cenas da família que perdeu os seus valores éticos e religiosos.
Como exemplo, cito diversas reportagens do final de semana passado, onde diferentes pessoas foram esfaqueadas em nossa cidade. Até a faca perdeu a sua utilidade normal. Agora é usada para ferir e matar.
E a paz tão sonhada onde fica guardada? Gostaríamos tanto de encontrá-la e mostrá-la para toda a cidade. O pior é que não a encontramos em prateleiras de supermercados e shopping center. Ela precisa ser construída e cultivada com o adubo da fé em Deus e da esperança em dias mais claros, com vida em abundância.
É para refletir e mudar atitudes. Vamos continuar a busca incessante pela paz.
Emerson Pugsley
O autor é escritor