Acordo mínimo
O termo negociação pode ser entendido por várias pessoas de maneiras diferentes. Há aqueles que entendem que negociar é estabelecer um acordo, uma situação em que as duas partes envolvidas sintam-se satisfeitas, embora não plenamente. Negociar, conceitualmente, é estabelecer um acordo mínimo para as duas partes. É a famosa área do melhor acordo. O problema é que ao analisar o comportamento de Dilma Rousseff nos últimos oito anos no governo Lula, percebe-se claramente duas pessoas diferentes atuando em função do momento.
Amor ou severidade?
Nos primeiros anos, a dama de ferro, uma pessoa austera, objetiva, que não perde tempo e toma decisões com muita firmeza. Depois a Dilma candidata que se esforçava para a cada frase emitir um sorriso. Entretanto agora, como presidente da República, fica a dúvida. Será que vai voltar ao estilo que sempre preponderou enquanto detinha o poder ou vai manter o estilo da campanha, de quem realmente quer conquistar a simpatia das pessoas e quer fazer acordos e não apenas determinar ordens como quem tem o poder na mão?
O futuro dirá
Particularmente entendo que a característica da nova presidente é a do pulso firme, da pouca negociação e de muita objetividade, mas de outro lado ela já provou que consegue se esforçar muito para minimizar esse efeito, essa sua característica. A grande pergunta vai ser respondida a partir de primeiro de janeiro de 2011. Será que Dilma vai fazer acordos que interessem às duas partes ou vai usar o poder que tem nas mãos para fazer acordos que só satisfaçam uma única parte: o governo.