O advogado Marcelo Nobre, que defende o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, questionou os aditamentos apresentados pelo Psol e pela deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) ao processo por quebra de decoro parlamentar contra Cunha.
De acordo com Nobre, trata-se de novas denúncias que não poderiam ser anexadas ao processo. Direito de defesa não é manobra. Não é de Eduardo. É de todos, é de José, de Maria. Não podemos compactuar e aceitar que não seja dado o direito de defesa, afirmou o advogado.
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disse que a defesa utiliza argumentos protelatórios. Ele citou exemplos de outros processos contra parlamentares que tiveram celeridade na fase de admissibilidade: No caso do ex-deputado Luis Argôlo, foram 19 dias; do ex-deputado André Vargas, 20; e com o Eduardo Cunha, mais de 90 dias, não úteis, para votar a continuidade do processo.
O presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), informou que os advogados da Casa estão impedidos de entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar decisão do 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou os atos relativos ao processo contra o presidente Eduardo Cunha no colegiado. Araújo questionou se teria que pagar um advogado particular por conta própria para recorrer ao STF. Araújo reuniu-se na terça-feira com integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e disse ter feito um apelo à entidade.