O segmento de arte no Brasil tem um amplo mercado e passa por São Paulo, Rio e Curitiba. Pensando neste nicho de negócio pela internet, empreendedora do Paraná busca a difusão da arte para que ela se torne mais acessível ao público em geral. Carreira & Cia conversou com Fernanda Marochi, sócia fundadora da Turn to Art, galeria de arte on-line.
De onde surgiu a ideia?
Eu e minha sócia sentíamos falta de comprar arte de um jeito mais fácil. Então começamos a pensar em vender arte pela internet, tornar o processo todo de escolher e comprar mais acessível. Então, começamos a procurar modelos possíveis e também fizemos um estudo sobre o mercado de arte brasileiro. Nos deparamos com dados bem animadores, como o crescimento do mercado de arte, as feiras de arte acessível, que já eram comuns fora do país, e um mercado de novos colecionadores.
Você vem da área da moda, como isso influenciou a escolha?
Trabalhar com design e moda sempre exigem que você esteja atento aos novos comportamentos, novos produtos. Sempre fui muito ligada à arte e, então, sempre estava estudando e percebendo as mudanças nessas frentes. Minha área era a acadêmica e, nos últimos anos, tive vontade de trabalhar com um projeto mais dinâmico, então decidi colocar as minhas percepções em prática.
Qual a importância de ações de startups?
Penso que muitos serviços e produtos oferecidos pelas startups facilitam o cotidiano, democratizam acessos e por isso são importantes no momento atual.
Como está este mercado atualmente?
O mercado de arte vem passando por mudanças, atualmente falamos mais de arte acessível do que já falamos um dia. A internet ajuda a desmistificar o tema e deve fazer muito por nós ainda. Passamos por um período de crise no país, cada vez mais percebemos que as pessoas vão comprar objetos que tenham significado e a arte tem a ver com isso.
Quais os maiores desafios deste novo modelo de negócio?
As pessoas precisam se permitir comprar arte, entender que não é necessário ter um grande conhecimento sobre o assunto para poder consumir o produto. E, também, precisam confiar apenas no ambiente digital, sem ver o produto presencialmente.