Forte requisito
O famoso choque de gerações é mais do que esperado num processo de sucessão em
empresas familiares. Ele é benéfico e indispensável. Note que a necessidade de
acompanhar as mudanças é um forte requisito para a sobrevivência de qualquer
empresa no mundo atual. Sendo assim, um filho que pensa diferente se torna um
questionador importante das atitudes do pai. O que acontece é que a forma com
que essas opiniões divergentes são colocadas é que acaba causando muita
confusão.
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Disputa familiar
A falta de cuidado ao emitir uma opinião, devido principalmente à intimidade
existente, é um dos principais motivos para complicar um processo sucessório.
Muitas vezes, a falta de diálogo na vida pessoal acaba sendo decisiva no ambiente profissional. É possível que o leitor já tenha tido a oportunidade de presenciar uma discussão entre pai e filho na empresa sobre questões de comportamento familiar. Ou ainda, pai e filho reclamando de atitudes e manias pessoais uns dos outros, misturando o passado com o presente.
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Respeito à experiência
Uma frase comum de muitos pais é: se você não tem responsabilidade sequer para arrumar o seu quarto, como pretende conduzir os negócios da empresa? Já do lado do filho, a reclamação tradicional costuma ser: se você nunca acredita nas minhas ideias, porque vou querer trabalhar aqui na empresa? Os pais devem se preparar para conduzir corretamente a sucessão na empresa por conta de sua experiência e tempo de vida. E ainda, não devem esquecer que seus filhos têm o direito a ter opiniões diferentes da sua. Numa empresa, um pai exigir subordinação e obediência do filho pode ser o maior inimigo de uma boa sucessão. Lembre-se: um filho aprende com seu pai, sejam coisas boas ou ruins. Para a coluna Visão Empresarial
Luciano Salamacha