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PLANEJAMENTO E CRESCIMENTO

Falar que 2016 foi um ano péssimo é chover no molhado. Aliás, creio que foi o pior ano para os negócios desde o governo militar. Além disso, os desdobramentos de um ano tão ruim irão perdurar por algum tempo ainda, assim como a radiação da bomba atômica assombra japoneses até hoje. Empresas que viviam momentos claros de expansão tiveram que colocar um pé no freio e outro no corte de custos. Felizes daqueles empresários que sobreviveram a esse período tão negativo, pois as estatísticas de órgãos como SEBRAE e IBGE mostram que a mortandade de empresas foi comparável à de um desastre ecológico. Empregos extintos aos montes; famílias desatendidas; sonhos de empresas que se tornaram pesadelos; dívidas; calotes; desalento; descrédito. Quanto tempo levará para que possamos levantar a cabeça e tocar a vida em frente?

O pior é que tudo isso foi causado por um governo inconsequente, pois quando pessoas perdem o emprego há proporcionalmente um aumento da pressão popular nos serviços públicos. Saúde, educação, segurança, moradia e assistência social sentem imediatamente o impacto, pois voltam a receber aquelas pessoas que, quando empregadas, pagavam a iniciativa privada para obter esses serviços.

PENSAR GRANDE

As estatísticas mostram claramente que a imensa maioria das empresas que morrem por causa da crise são as micro e pequenas empresas. Existem várias razões para isso: falta de caixa, falta de cliente, falta de qualidade de produtos e serviços, falta de qualidade no atendimento, falta isso, falta aquilo e, principalmente, falta pensar grande. Isso mesmo, pensar grande. Não pensar como microempresário.

Deixa eu explicar. Pensar grande é olhar para a sua empresa, que tem você, sua esposa, seu filho(a), e UM funcionário e imaginá-la como uma empresa com umas 10 filiais, com centenas de funcionários e mercado em expansão. Como você faria a gestão se esse pensamento fosse real? Com certeza faria planejamento estratégico, desenvolveria um processo eficiente de seleção de pessoal. Criaria controles de caixa, centrais de custo, metas de faturamento, metas de produtividade, metas de satisfação do cliente. Estabeleceria um pró-labore e não misturaria o dinheiro do seu CPF com o do seu CNPJ. Evitaria retrabalhos, desperdícios, procuraria investir em melhoria, em pessoal, em treinamento, em imagem, em marketing, em inovação. Faria padronização de processo, criaria canais claros de comunicação com o cliente e faria tudo, mas tudo mesmo, para fidelizar o cliente.

MAS NÃO TENHO GRANA PARA ISSO TUDO

Eu sei disso, eu entendo as dificuldades das microempresas, já fui um microempresário. Mas isso tudo pode ser feito na proporção do seu empreendimento. Se iniciar o negócio implantando essa filosofia de empresa de grande porte, a tendência é que com o tempo isso se torne a cultura de sua organização e todos aqueles que tiverem algum tipo de relacionamento com ela irão se adaptar e aceitar como sua. E uma filosofia não custa nada. Esse é o primeiro passo. E ele deve ser dado por você, empresário, não pelos seus funcionários. É uma maneira de começar. Mudando a si próprio.

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