A TV alcança muitas pessoas, isso é verdade. Se você é publicitário, profissional de marketing ou anunciante, em algum momento deve ter tido esse pensamento na hora de planejar suas campanhas de mídia.
Priorizar a televisão é algo muito comum, tendo como base os altos índices de audiência dos grandes veículos, geralmente a maior parte de um orçamento de mídia de uma campanha é destinada a esse meio. Porém atualmente existe uma tendência e também a migração de alguns públicos-alvo para formatos digitais.
John Tuchtenhagen, Head of Media da Google conta que sua equipe de marketing que é responsável por todas as campanhas publicitárias da Google chegou a conclusão que para seu público-alvo as campanhas deveriam ser planejadas a partir do digital first, ou seja, sendo pensadas primeiramente no formato digital.
No final de 2018, John e sua equipe de marketing trabalharam para medir e comparar o alcance de vídeos na internet e na TV para o lançamento do Pixel 3, o smartphone da Google.
Nas duas primeiras semanas os anúncios foram exibidos em grandes veículos para todo os Estados Unidos e permaneceram sem veiculação no YouTube. Logo depois quando os anúncios de YouTube foram ativados a hipótese da equipe de John se confirmou, no decorrer de uma semana, o alcance do YouTube cresceu mais do que o da TV, sendo que uma faixa do público-alvo que viu o anúncio no YouTube foi 36% maior do que na TV.
Esse resultado seria um mero acaso? Não, a equipe realizou diversos testes e os resultados foram similares.
Não existe um veículo ou formato melhor que o outro, cabe sempre fazer testes de baixo risco e analisar onde seu público-alvo está. Neste caso da Google, o alcance e a escala no meio digital foi mais eficiente do que a TV, mas não é uma regra para todos os negócios.
Alex W. Lopes, o autor é Mídia da agência de publicidade yard.