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VAI PASSAR

Na quarta-feira (8), o sol cruzou o equador celeste em sua órbita aparente. E hoje, primeira sexta-feira de lua cheia após o equinócio, os cristãos celebram a morte de Jesus Cristo. Para, ao terceiro dia, comemorar a sua ressurreição, no domingo de páscoa, que no período pré-mosaico já se comemorava a chegada da primavera.

A introdução tem por objetivo propiciar uma espécie de metáfora, que extrapola a tradicional figura de linguagem que normalmente se resume a uma palavra.

Com as devidas licenças religiosa e poética, digamos que esse momento difícil para o país e o mundo – em que um serzinho visível apenas com o auxílio dos mais sofisticados microscópios ameaça muitas vidas, especialmente as dos mais fragilizados pela idade e crônicos problemas de saúde – seja o calvário.

O desemprego que só faz crescer, o prejuízo advindo das portas cerradas, os boletos que se amontoam, as aulas que não foram dadas, as filas dos seiscentos reais que não andam, as promessas que não concretizam, o isolamento social que azucrina e a consequente ausência dos amigos seriam, então, as cruzes que nos cabem.

Cruzes que se tornam ainda mais pesadas aos pobres mortais aqui da terra do pau brasil diante das picuinhas palacianas.

Caminhos que se tornam um tanto mais longos e pedregosos ante os interesses pessoais eleitorais se sobrepondo a tudo e a todos.

No entanto, tem muita gente de bem por aqui também.

Gente que não mede esforços em suas missões profissionais, gente que não economiza gestos de solidariedade, gente que doa o próprio tempo aos mais feridos.

É por isso que logo-logo chegará o solstício, quando o dia de sol será maior que a noite escura e que aqui vamos chamar de recomeço: adeus pandemia!

E feliz páscoa a você e a todos os seus.

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